Office 43 - O Valor do Dinheiro no Tempo na Era Digital
Fonte: Staff Investimentos / Texto: Abrantes F. Roosevelt
O Valor do Dinheiro no Tempo na Era Digital
O tempo é uma grandeza física que está presente em todas as áreas sociais da vida de uma pessoa, estando este individuo vivendo em uma sociedade capitalista, socialista ou em qualquer outro regime sócio-econômico-político vigente no mundo. Um produto imaterial que quantifica o valor do trabalho, monetiza a qualidade dos produtos e precifica os serviços realizados em uma cadeia produtiva. Um importante valor quântico muito utilizado na matemática financeira para medir o valor do dinheiro no tempo em suas várias e diversas complexidades estruturais inferidas no sistema financeiro.
O valor do dinheiro no tempo sustenta que os recursos financeiros avaliados no presente devem valer mais do que a mesma soma destes mesmos recursos a ser recebida no futuro. Isto permite aos detentores dos recursos delimitar um provisionamento equacionado do dinheiro em suas aplicações de investimentos. Tornando o caminho dos recursos mais visíveis, equilibrados, direcionados e propensos a retornos mais lucrativos.
O valor do dinheiro apesar de ter um maior valoração e poder de compra no presente, pode ser direcionado a aplicações de investimentos de curto, médio e longo prazo. Uma posição estratégica vista pelos investidores como um atrativo de rentabilidade que pode render grandes lucros se aplicado de maneira correta, coesa e planejada. Um fator que pode tornar o ativo do futuro mais atraente que o ativo do presente.
Isto é possível quando uma aplicação estrategicamente planejada visa um provisionamento futuro em fundos de investimentos com variação consistente, volatilidade espessa, padrões sólidos, sistemas qualificados e modelos estruturados. Uma decisão financeira que pode gerar um ganho ou retorno positivo para carteiras bem posicionadas, criando uma quantidade maior de dinheiro no futuro para estes investidores e maior poder de reinvestimentos em projetos posteriores, um fator que pode torna o dinheiro do futuro melhor que o dinheiro do presente.
Neste aspecto, o tempo valor do dinheiro é um dos principais fatores a ser considerados dentro da matemática financeira quando equacionado o passivo do dinheiro no tempo, inferido como delimitador o poder de compra do capital no presente, a sua liquidez, o risco de inadimplência, o consumo, a inflação, a deflação e os custos de oportunidades que existem entre gastar em vez de poupar ou investir o dinheiro.
E entre estas várias razões matemáticas e financeiras, quantificamos os juros que são pagos ou ganhos em uma aplicação de curto, médio e longo prazo. Os juros, sejam sobre depósitos bancários ou dívidas, compensam o depositante ou o credor pela perda do uso de seu dinheiro no presente, um fator que torna atraente o repasse de dinheiro dos agentes superavitários para os deficitários.
Os investidores neste sentido estão dispostos a deixar de gastar seu dinheiro no presente apenas se esperarem um retorno líquido favorável sobre o seu investimento no futuro, de forma que o valor aumentado estar disponível mais tarde é suficientemente alto para compensar a preferência de gastar este dinheiro no futuro, levando-se em conta os índices de inflação que corrói o poder de compra do dinheiro no tempo.
Este poder de compra do dinheiro pode mudar no tempo devido a inflação. O dinheiro em caixa hoje vale mais do que no futuro. E esta é uma preocupação constante dos investidores frente as volatilidades apresentadas no mercado de capitais.
No entanto, uma parte dos investidores tem uma preferência natural por ter dinheiro no presente em vez de tê-lo no futuro, tendo em vista que eles podem aumentar o seu valor (o capital aplicado) em aplicações curtas no presente. Isto diminui os riscos de perdas e de inadimplência do capital aplicado, também diminuir o poder da inflação sobre o dinheiro, aumenta o seu custo oportunidades em aplicações no pressente, eleva a liquidez do capital, e ampliar as margens de capitalização dos recursos.
É claro que quanto maior for o tempo de aplicação, maiores serão os riscos e consequentemente maior será a rentabilidade do investidor, o inverso constrói-se de maneira negativa, quanto menor for o tempo de aplicação, menores serão os riscos e linearmente menores serão os retornos.
A inflação é um dos muitos motores determinantes no valor do dinheiro no tempo, tornando-se um dos monstros da economia mais temidos e combatidos pelos analistas financeiros e de capitais.
A inflação altera o valor dos preços de bens e serviços, algumas delas estabelecidas dentro de períodos de curto ou médio prazo, implicando diretamente na diminuição do poder de compra da moeda, uma alteração que afeta diretamente a economia de uma região, continente, bloco econômico ou todos os países do mundo em uma mesma linha horizontal de valores.
No Brasil temos vários índices de preços e dois deles são os que mais impactam a economia nacional. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice utilizado no sistema de metas para a inflação. A inflação pode ter várias causas, as principais estão agrupadas em pressões de demanda, pressões de custos, inércia inflacionária e expectativas de inflação.
Uma das consequências da inflação está no fato de gera incertezas importantes na economia, desestimulando os investimentos, diminuição na produção de produtos, baixo nível da oferta de serviços e decréscimo no consumo da população de bens e serviços essenciais, prejudicando o crescimento econômico.
Os preços relativos ficam distorcidos, gerando várias ineficiências na economia. As pessoas e as empresas perdem noção dos preços relativos, um determinante que dificulta avaliar se algo está inflacionado ou deflacionado. A inflação afeta particularmente as camadas menos favorecidas da população, pois essas têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender da inflação.
A Inflação mais alta também aumenta o custo da dívida pública, pois as taxas de juros da dívida pública têm de compensar não só o efeito da inflação, mas também têm de incluir um prêmio de risco para compensar as incertezas associadas com a inflação mais alta.
A deflação é o ganho do poder de compra do consumidor no primeiro momento deste cenário, mas também pode sinalizar a diminuição de forma generalizada dos preços de produtos e serviços ofertadas pelo mercado, causando prejuízos no desenvolvimento da economia e perdas significativas de investimentos na manutenção dos produtos e serviços produzidos pelo mercado em um cenário posterior desta equação econômica.
Um determinante que pode gerar o aumento do índice de desemprego, baixa produtividade e retração da economia. Este índice gera uma baixa no valor dos produtos e serviços que serão afetados diretamente pela diminuição do poder de compras da maioria da população consumidora.
Neste aspecto, o Banco Central do Brasil (BACEN) trabalha para manter a inflação em níveis baixos e aceitáveis pela economia, mas não para que os preços declinem de maneira irregular e constante. A perspectiva de que os valores cobrados sejam relativamente estáveis ao longo do tempo, com inflação baixa e previsível, um fator importante que deve nivelar o planejamento de todos os agentes da economia.
Mas uma deflação continua e constante, deve atuar de maneira negativa para a economia e contrário ao que isso possa parecer para aos investidores e a população, preços em queda podem ser prejudiciais para o bom funcionamento do sistema econômico.
Neste entendimento, um comerciante poderá ter prejuízo se ganhar menos no futuro pelo estoque que fez no presente. As famílias e as empresas poderão adiar suas decisões de consumo e de investimentos se houver a perspectiva de que os preços serão mais baixos no futuro, um fator que pode deprimir a atividade econômica.
A inflação e a deflação apesar de atuarem em situações diferentes dentro da economia realizam processos semelhantes no papel de valorizar e depreciar o dinheiro no tempo. Enquanto a inflação gerar perda do poder de compra do dinheiro, a deflação agrega ganho do poder de compra do capital.
Mas a despeito do dinheiro ganha valor com o tempo, especialmente inserido, neste último cenário (a Deflação), torna-se difícil manter o seu valor do dinheiro inalterado por grandes períodos, observando que geralmente estamos inferidos em uma inflação crescente e constante, um fator que torna inviável a manutenção da inercia do valor do capital.
Mas na ocorrência inusitada de um ano com deflação constante no sistema econômico, o poder de compra aumentaria, facilitando o ganho de negociação dos consumidores frente ao consumo dos produtos e serviços.
Nesta ocorrência o dinheiro ganharia valor com o tempo, aumento a quantidade de produtos e serviços consumidos, um evento que acarretaria na diminuição da oferta destes mesmos produtos e serviços que não poderiam ser repostos devido o valor recebido na venda destes produtos e serviços, uma barreira que diminuiria a compra de novas mercadorias, inviabilizando a prestação de novos serviços e a venda de novos produtos.
Um determinante que causaria ainda mais desequilíbrio ao sistema econômico, gerando mais desemprego, mais desigualdades, poucos investimentos, menos produtos ofertados e menos serviços oferecidos a população. Neste cenário é mais comum que ocorra a inflação, o poder de compra é perdido, acarretando na consequente perda de valor do dinheiro no tempo.
Entretanto, ainda temos um terceiro determinante econômico que é mais perigoso do que a inflação e a deflação para a economia. A hiperinflação é o aumento constante e genérico dos preços e serviços dentro da economia, um fenômeno que mantêm os produtos e serviços em patamares muito elevados.
Todos estes três cenários econômicos são muito ruins para o equilíbrio sustentável da economia. E tanto a hiperinflação, a inflação e a deflação corrói de maneira drástica o poder de compra do dinheiro no tempo, causando diminuição nos investimentos, precariedades dos produtos, baixa qualidade nos serviços, ampliação do desemprego e aumento das desigualdades sociais.
Estes tipos de cenários na economia podem provocar uma recessão generalizada da econômica e desvalorização acentuada da moeda. Em alguns determinantes da economia existem canais importantes que influenciam diretamente as alterações dos preços de produtos e serviços oferecidos aos consumidores.
Isto costuma está diretamente relacionado ao aumento dos gastos públicos e a elevação do endividamento da dívida externa do país que pode ser agravada por uma crise mundial derivada do aumento dos preços das commodities ou ainda pela retração na taxa de expansão da economia.
Estes desequilíbrios visualizados tanto na oferta, quanto na demanda pelo dinheiro também podem gerar à perda de confiança na capacidade da moeda em manter o seu valor no mercado. Isto pode ser acentuada diante de tantas interferências e oscilações bruscas ofertadas pela instabilidade política, econômica e financeira de um país.
Quando observamos este efeito no mundo corporativo, fica evidente que o custo do valor do dinheiro no tempo se resume a uma taxa de juros que serve estrategicamente para as empresas tomarem as suas decisões financeiras frente a realidade econômica mais próximas de sua situação no mercado. Isto estando relacionado diretamente aos investimentos ou financiamentos que poderão ser iniciados por estas organizações em seus planos de ampliação e crescimento.
Os montantes futuros são sempre ajustados por esta taxa e comparados ao montante total presente para balizar a melhor decisão. Esta taxa de juros que ajusta o valor do dinheiro no tempo, no âmbito corporativo, é conhecida como custo de capital e trata-se de uma das mais importantes medidas corporativas.
No campo das finanças pessoais, a ideia é muito semelhante, mas este custo de capital pessoal varia muito de pessoa para pessoa. Por exemplo, para quem está endividado com cartões de crédito e cheque especial, o custo de capital atinge patamares bem superiores ao custo de capital de uma pessoa bem organizada financeiramente. Este fator fica agregado e alicerçado a individualidade e ao emocional de cada pessoa, o que torna as decisões mais difíceis e complexas em um contexto restrito. Enquanto no universo corporativo esta decisão parte de um conselho ou grupo administrativo no âmbito financeiro da organização.
O consumo da nossa sociedade é afetado com o tempo e existem preferências temporais de uso e consumo de determinados produtos. Esta relação entre produtos e consumidores interferem diretamente na relação que temos com o meio ambiente e a produtividades industrial.
O atual momento da economia monstra que em um mundo globalizado o dominado pelo capitalismo contraria o princípio de sustentabilidade, preservação, conservação e proteção dos meios naturais e sociais. O consumo está diretamente interligado ao desenvolvimento da sociedade e de suas economias.
E em teoria, quanto mais se consome, maior deve ser a estabilidade econômica e social de cada estado e região no trato com o equilíbrio horizontal de suas sociedades. Mas não é bem isso que acontece na realidade de muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
O consumismo é literalmente uma praga que se espalha na sociedade moderna, e esta adequação linear e desigual vem causando problemas financeiros severos e intermitentes que atingem um número cada vez maior de pessoas e governos.
Alguns estudos importantes apontam que as causas do consumismo são reflexo das diversas crises econômicas que o mundo enfrentou e ainda enfrenta em suas frágeis economias. A sociedade atual reconhece que o consumo é sinônimo de felicidade e de bem-estar generalizado para o emocional dos cidadãos, algo elencado como prestígio e até como status para algumas sociedades mais emergentes. Mas que em alguns aspectos destoa de um equilíbrio sensato e coeso.
O problema é que existe uma relação estreita, linear e forte entre o consumismo, a sociedade e o meio ambiente. Isso porque para atender a demanda da produção e do consumo é necessário retirar matérias-primas da natureza, fabricar e transportar materiais, fazer grande uso de energia elétrica e de água.
Atualmente o Bitcoin que é uma moeda digital vem sofrendo fortes ataques dos ambientalistas por usar em suas minerações e confirmações de blocos, um alto consumo de energia elétrica, um problema que também despende do uso de ar-condicionado e enormes volumes de água para refrigeram os equipamentos tecnológicos usados nos processos de validação das moedas digitais.
Tudo isso gera emissão de gases poluentes, degradação biológica e devastação ambiental, poluição geral e, consequentemente, a destruição de ecossistemas. Um determinante que não confluem com as práticas de sustentabilidade ambiental e produção de insumos e produtos comercializados pelas indústrias, corporações e outras organismos do sistema capitalista.
Neste aspecto, os mineradores de criptomoedas estão adaptando e alimentando os seus supercomputadores como energia solar e eólica, substituindo o consumo de energia elétrica por fontes renováveis e ambientalmente sustentáveis. Gerando mais valor e solidez para os mecanismos de mineração do ativo. Um determinante que deve gerar em poucos anos, um valor agregado e aumentado do dinheiro digital no decorrer do tempo.
Uma outra problemática danosa a civilização moderna, esta exclusivamente direcionada e limitada aos hábitos e ao comportamento das pessoas frente ao consumo dos produtos e serviços, estando estes novos hábitos, especialmente ligados as rotinas efêmeras de consumo inferidas ao uso do dinheiro no tempo.
E correlacionado a isto, também está aferido a aceitação cada vez maior do sistema capitalista de consumo efêmero dos produtos que impulsiona o uso rápido e descartável das materiais, um habito deve interferi de forma preponderante na criação de sociedades cada vez mais fechadas e seletas, onde o importante é o que você tem e não que você é como individuo, uma tendência individualista e pouco sociável que vem desenvolvendo distúrbios caracterizados pela compulsão em comprar coisas desnecessárias que talvez nunca usarão em suas vidas ou na sociedade. Um problema sistêmico de caráter social que deve impactar ainda o planeta com a geração de mais lixo e mais produtos de difícil degradação natural.
Estas pessoas estão hoje fortemente influenciadas por um dos maiores difusores do consumismo no mundo moderno, as mídias sociais, um fenômeno da vida contemporânea e virtualizada impulsionada pela internet e pelo aplicativos de vendas online. Todos os dias somos “bombardeados” com milhares de propagandas e ofertas de produtos. Atualmente as empresas realizam milhões e milhões de gastos para tentar nos fazer comprar produtos e serviços que as vezes não desejamos consumir.
O consumismo também vem causando fortes consequências à sociedade e ao desenvolvimento das estruturas emocionais na vida das pessoas, já que contribui para o processo de degradação das relações sociais. Um determinante que vem produzindo mais irracionalidade na compreensão da vida contemporânea e mais desigualdades sociais.
“Muitas vezes excluímos pessoas e as julgamos pelo simples fato de alguns indivíduos não possuírem tal objeto ou de não estarem vestidos com as “roupas da moda”, impondo-os valores desnecessários e desiguais que não deveria nos diferenciar ou categorizar em um plano sistêmico de convívio social. Um dever de pertencimento de mundo paradoxal e controverso que serve apenas para afasta indivíduos e destrói princípios básicos de convivência humana. Um comportamento individualizado que reforça a circulação de hábitos danosos a vida social, convencionados pelo sistema de consumo capitalista. Um fator que vem trabalhando para excluí permanentemente as pessoas do convívio social e coletivo. Neste aspecto é surpreendente como uma pessoa hoje é julgada por não se submeter ao sistema que privilegia poucos e faz você valer o que você possui e não o que você é como individuo único no sistema da sociedade. Além disso, o consumista sofre processos de alienação e oneomania que é um distúrbio caracterizado pela compulsão de gastar dinheiro, limitando-o em sua caracterização existencial ao que tem e não ao que ele é como pessoa na sociedade ...”
O consumo e o consumismo afetam o meio ambiente de várias formas e padrões, mas de todas as consequências do consumismo, a mais grave está relacionada ao extrato dos materiais abióticos e bióticos da natureza. E neste entendimento, como é possível um planeta suportar um sistema em que a lei vigente está em usar, descartar, e comprar sempre o novo e o mais atual. Estamos destruindo a Terra para satisfazermos nossos prazeres supérfluos, que incentiva o desperdício e gera uma enorme quantidade de lixo. Estamos caminhando para um colapso ambiental e a prova disso está nas mudanças climáticas que ocorrem continuamente no “Planeta Terra”.
Essa relação entre consumo e sustentabilidade, no entanto, vai além da etapa de produção. Com a grande quantidade de opções e a alta tecnologia, cada vez mais os produtos têm menor tempo de vida útil e maior dificuldade de conserto, o que gera um grande número de resíduo eletrônico. Um problema que ampliar gravemente a dispersão de metais pesados em lixões, solo, lagos, lagunas, rios e mares.
Atualmente, o desenvolvimento sustentável é a principal solução contra a crise ambiental que o planeta enfrenta, já que é considerado o equilíbrio entre sociedade, natureza e economia. Um compromisso que não vem sendo seguido pelos maiores poluidores do planeta, como a China, Estados Unidos da América, Rússia, Japão, Inglaterra e os Países do Bloco Europeu.
Nesse sentido, empresas e organizações se unem para procurar maneiras de investir em soluções sustentáveis, a fim de garantir seu progresso sem comprometer o futuro das gerações que habitaram a terra nas próximas décadas e séculos.
A educação ambiental é também um importante passo para o desenvolvimento da sustentabilidade planetária. Isso porque, é preciso conscientizar todos os setores da sociedade para que haja um movimento completo e eficiente em prol do meio ambiente. Portanto, um dos fatores que influenciam na variação do valor do dinheiro no tempo estão as preferências de consumo da própria sociedade ligadas ao seu desejo particular e individual.
O custo de oportunidade do dinheiro é o preço que se paga por renunciar a um determinado investimento provisionado pela análise fundamentalista de ativo na troca de outro ativo que ofereça maior rentabilidade e lucratividade. Isto implica aos investidores uma exposição excessiva aos riscos em sua tomada de decisão. Um implicador que pode gerar perdas para o investidor.
Um fator preponderante que pode elevar ainda mais esse custo por aplicar este determinado capital em um outro ativo que pode se comportar de maneira inversa ou negativa a operação esperada na aplicação, simplesmente por não o investir no momento adequado ao cenário anteriormente provisionado. E essa oportunidade perdida é o potencial inexplorado de valorização.
A importância da analise do custo de oportunidade está justamente no fato de que o cálculo dessa estimativa pode orientar as decisões difíceis do gestor de carteira na hora de operacionaliza-la no quadro de seus ativos. No entanto, ao avaliar o cenário e o custo de oportunidade, o investidor deverá analisar também os benefícios e as perdas do ativo que escolheu renunciar.
Neste aspecto, existem quartos tipos de custos de oportunidades que mais possuir valor para os investidores. Os principais são o custo de oportunidade escondido, o custo de oportunidade aberto, o custo de oportunidade contábil e o custo de oportunidade ambiental.
O custo de oportunidade escondido é aquele que não está claro. O custo de oportunidade está camuflado na decisão de escolha do investimento. O custo de oportunidade aberto é contrário ao escondido. Neste tipo, não é considerado o conceito de camuflagem dos custos sobre as operações. Ou seja, não está embutido na operação.
O custo de oportunidade contábil se refere ao âmbito empresarial. É exatamente o quanto uma empresa teve seu lucro sacrificado por ter investido em determinado recurso ao invés de outro. E o custo de oportunidade ambiental é o máximo que se pode ter de lucro quando se usufrui de um determinado recurso natural.
E quando pensamos em liquidez verificamos a capacidade de transformar um ativo ou recurso em dinheiro tangível e palpável para o investidor no momento de sua solicitação ou resgate. Estando este bem ou investimento disponível para as mais diversas finalidades do investidor.
E é justamente esta velocidade de transformação de um ativo ou bem em dinheiro disponível para uso que define a liquidez de um determinado investimento. Quanto mais rápido ocorrer esta conversão, mais líquido o bem ou investimento será qualificado como de liquidez.
Esta característica é o que faz da liquidez um item tão importante a ser considerado na hora da tomada de decisão quanto aos investimentos. Por isso, é fundamental que o investidor se mantenha sempre atento à liquidez dos produtos de seu interesse antes de decidir realizar ou não um aporte.
A deliberação de escolha dos investimentos deve estar ajustada sobre a base fundamentalista de avaliação de um ativo. Uma análise que precisa em primeiro lugar fundamentar o planejamento de objetivos do investidor em relação a cada investimento que faz parte do seu portfólio. Por isso, é altamente recomendado que o investidor tenha convicção de suas escolhas antes de decidir imobilizar parte do seu capital.
E para evitar problemas relacionados à falta de liquidez dos seus investimentos e evitar passar por apuros na hora de converter parte dos seus investimentos em dinheiro, uma ótima opção é construir uma carteira de reserva de emergências bem qualificada e solida que pode ser utilizada quando for preciso pelo investidor. Isto deve estar sobre o guarda-chuva da prevenção de inoperantes sem que haja necessidade de resgatar antecipadamente alguns investimentos importantes para a acumulação do ativo. Por isso, ao considerar realizar investimentos, é essencial notabilizar a preferência pela formação de uma reserva técnica de emergência qualificada.
Este montante destinado a reserva de emergência deve ter o seu valor orientado entre uma média que pode variar de 6 a 12 meses do seu custo mensal ou o valor que se mostrar mais confortável e planificado para a manutenção do custo de vida do investidor durante o período de aplicação de seus recursos.
Esta reserva qualificada de emergência pode ser aplicada em um fundo DI ou menos recomendado em uma caderneta de poupança, uma vez que estes tipos de produtos costumam ter liquidez bastante alta, disponibilizando com rapidez o valor investido em dinheiro líquido.
Após construída uma reserva de emergência qualificada e planificada, é preciso montar uma carteira de investimentos solida e lucrativa. Neste caso, a diversificação pode ser um importante aliado para o investidor, que terá condições de compor um portfólio robusto, coeso e solido, baseado no tripé dos investimentos que é norteado na liquidez, na segurança e na rentabilidade.
É extremamente importante na hora de montar uma carteira de investimentos, os níveis de liquidez, segurança e rentabilidade de cada produto, observando as escolhas que estejam alinhadas aos seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo. É imperativo nesta decisão o sentido do uso imprescindível da mobilidade de resgate dos investimentos, é dever do investidor atentar-se mais uma vez à liquidez e não a lucratividade que esta aplicação pode gerar no curto e médio prazo.
O risco de inadimplência está intimamente ligado ao risco de crédito que é aquele que envolve o atraso no pagamento de principal ou de juros dos títulos que compõem a carteira do cliente. Aqui também temos o risco de liquidez que é o risco associado com a ausência de demanda por determinados ativos. O efeito para o investidor depende da quantidade de ativos afetados por este risco em sua carteira.
Em termos práticos, o cliente poderá encontrar dificuldades para converter seus ativos em caixa, bem como para liquidar posições, ou seja, terá que oferecer descontos nos preços dos ativos, e por consequência arcar com estas perdas.
O Risco de Crédito também está associado a capacidade de solvência do Tesouro Nacional, nos casos de títulos públicos federais, e ao da empresa emissora no caso de títulos privados. Em relação aos riscos de inadimplência temos três grupos: Risco País; Risco Político e Risco da Falta de Pagamento.
O valor de troca é uma das funções mais antigas da moeda, propriedade que possibilitou o desenvolvimento do comércio, observando-se ainda outras propriedades da moeda, tais como a sua medida de valor, a reserva de valor, e o seu valor de uso na sociedade.
Mas o poder de compra do dinheiro está na capacidade de adquirir bens e serviços com determinada unidade monetária. Neste entendimento, ainda se nota que a moeda tem a habilidade de comandar o trabalho de outrem, então o poder de compra em algum nível também representa poder sobre outras pessoas, na extensão em que elas estejam dispostas ou se vejam compelidas a trocar trabalho ou bens por moeda.
No entanto, atualmente o poder de compra do dinheiro tem a ver com a sua valoração frente a perda de seu valor no tempo, mas precisamente com o poder de corrosão da inflação atuando na sua base monetária.
Entretanto, quando produzida determinada renda nominal constante nesse sistema, ocorre um aumento dos níveis de preços, majorando a inflação, atenuando o poder de compra da renda que diminui com o tempo. Mas caso a renda nominal varie, o aumento dos níveis de preços nem sempre implica uma diminuição do poder de compra, pois pode acontecer que a renda nominal cresça mais do que a inflação.
E nesse caso, ocorre um aumento da renda real para o consumidor final. Assim, caso a renda nominal e a inflação aumentem, mas a renda nominal aumente menos do que a inflação, há uma queda da renda real da renda ajustada pelo nível de preços.
E para um índice de preços nesse tipo de cenário econômico, geralmente usa-se uma normalização atribuindo-se o valor arbitrário de 100 ao índice de preços do ano base. O poder de compra de uma unidade monetária, em dado ano, expresso em relação ao ano base será de 100/P, onde P é o índice de preços para aquele ano. Então, por definição, o poder de compra de uma unidade monetária decresce quando o nível de preços aumenta com tempo.
Neste aspecto, o poder de compra em moeda corrente de uma quantidade “C” de moeda, em “t” anos no futuro, pode ser computada com uma fórmula do valor presente. Um cálculo que poder ser provisionando e equacionado para futuros investimentos direcionados a investidores arrojados.
No entanto, o custo do valor do dinheiro no tempo deve se resumi a uma taxa de juros que serve para tomar decisões financeiras planejadas, provisionadas, qualificadas e arrojadas, sejam no âmbito de investimentos ou de financiamentos. Os montantes futuros são sempre ajustados por esta taxa e comparados ao montante total presente para balizar a melhor decisão.
Neste entendimento, o valor do dinheiro no tempo deve sustenta que o dinheiro no presente vale mais do que a mesma soma de dinheiro a ser recebida no futuro. Isto porque o dinheiro que o investidor tem agora pode ser investido para gerar ganhos e retornos provisionados, criando assim uma quantidade maior de dinheiro no futuro. Justificando a aplicação futura do dinheiro em modalidades de investimentos.
Um fator preponderante que deve municiar incentivos ainda maiores para os investimentos de longo prazo, um determinante que também deve atrair os investidores moderados para este cenário da economia, tornando as rentabilidades e as lucratividades de longo prazo o maior ativo que o valor presente do dinheiro pode gerar no futuro.
Abrantes F. Roosevelt, 05 de Setembro de 2021
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