Office 29 - O Mercado de Fundos de Índices do Brasil

Fonte: Staff Investimentos / Texto: Abrantes F. Roosevelt


O Mercado de Fundos de Índices do Brasil


O mercado financeiro é composto por uma grande quantidade de produtos e ativos para investimentos. E estes produtos estão disponíveis principalmente no segmento de renda variável. Entre esta oferta quase infinita de opções de investimentos, uma modalidade tem despertado um interesse recorrente nos investidores: os ETFs – também conhecidos como Fundos de Índices.

Os ETF´s – ou Exchange Traded Funds – são fundos de investimento negociados na bolsa de valores e no mercado de balcão organizado, que espelham determinados índices do mercado – como o índice Ibovespa. O objetivo deste tipo de investimento é ter um desempenho semelhante ao índice ao qual ele é referenciado e, por conta desta característica, a composição do ETF tende a ser idêntica à composição do índice de referência.

E desta forma, o investidor que opta por investir em um ETF acaba tendo acesso a uma carteira diversificada de ações sem, necessariamente, precisar realizar aportes individuais nos papéis que compõem o índice. Trata-se de um investimento simples, acessível e que oferece diversificação ao investidor.

Diferente de outros tipos de fundos – nos quais você realiza uma aplicação, investir em um ETF requer uma negociação na bolsa de valores.

O ETF é destinado para aqueles investidores que desejam fazer investimentos em ações e compor uma carteira diversificada, mas não têm interesse em fazer uma seleção e acompanhamento individual de cada papel. Também é uma opção interessante para quem está à procura de uma gestão passiva dos seus investimentos e para quem não dispõe de um grande montante de dinheiro para investimentos – o que poderia limitar o investidor que desejasse promover uma diversificação de portfólio.

Ao comprar cotas de um único ETF, o investidor consegue diversificar sua carteira e acompanhar a rentabilidade da sua carteira com maior facilidade – tendo ainda, em geral, um custo operacional menor se comparado ao investimento individual em cada ação.

E se um investidor, por exemplo, comprar cotas do ETF BOVA11, ele terá à sua disposição a carteira teórica do índice Ibovespa, cuja rentabilidade será acompanhada pelo fundo de índice. A aplicação mínima para ter um portfólio diversificado é menor e o acompanhamento é realizado de maneira descomplicada.

O investidor pode, inclusive, ter uma carteira composta exclusivamente por ETFs formando, desta maneira, um portfólio altamente diversificado sem precisar investir individualmente em uma grande quantidade de papéis.

Os ETFs do Mercado Brasileiro estão divididos sobre maneira, ou em sua grande maioria em nichos categorizados como renda variável. E neste aspecto existe uma grande diversidade de fundos disponíveis aos investidores nos mais diferentes mercados do mundo, como os ETFs de títulos, ETFs de renda fixa, ETFs de segmento, ETFs de commodities, ETFs de moedas digitais, ETFs de moedas monetárias, ETFs de fundos mobiliários, ETFs de Small Caps e entre outros. No Brasil, entretanto, os fundos de índices mais comuns são os ETFs de renda variável.

O primeiro ETF surgiu no Brasil em 2004. No segundo semestre de 2018, o mercado brasileiro possuía 15 modelos de fundos negociados na bolsa brasileira B3 – disponíveis para investidores de pequeno, médio e grande porte.

Neste aspecto categorizado, conheça, a seguir alguns destes fundos de índice disponíveis aos investidores no Brasil:

001-BOVA

O BOVA – também conhecido como BOVA 11 – é um fundo de índice referenciado no índice Ibovespa e, por isso, é composto por ações de grandes companhias negociadas na bolsa brasileira. Listado em 2008, o ETF BOVA11 é composto, majoritariamente, por papéis de empresas do setor financeiro, petróleo, mineração, bebidas, entre outros.

002-BOVV

Também conhecido como BOVV11, o BOVV é um ETF que também espelha o índice Ibovespa, e é composto por empresas responsáveis por cerca de 80% do volume de negócios realizados na B3 diariamente. A listagem do BOVV11 ocorreu em 2016.

003-SMAL

O SMAL – ou SMAL11 – é um fundo de índice que tem como base o índice BM&Fbovespa Small Caps, que mede o desempenho das ações Small Caps listadas na bolsa brasileira. O ETF SMAL11 foi listado em 2008 e é composto por uma carteira teórica formada por papéis de menor valor de capitalização.

004-DIVO

O ETF DIVO – ou DIVO11 – replica o índice IDIV da B3 e, por isso, é composto por empresas que ofereceram os melhores rendimentos em relação aos dividendos pagos aos seus acionistas (dividend yield) nos últimos 2 anos anteriores à formação da carteira de ativos. Listado em 2012, o DIVO11 tem, em sua composição majoritária, companhias do setor de serviços públicos, empresas de telecomunicação e por empresas de serviços financeiros.

005-IVVB11

O IVVB11 – também conhecido por ISHARES S&P 500 – é um ETF espelhado no índice norte-americano S&P500 e, por isso, seus rendimentos tendem a seguir a performance do S&P 500 em reais. Entre as companhias que compõem a carteira do ETF estão algumas das maiores empresas do mundo, como a Apple, a Amazon, Facebook, Microsoft, Google, entre outras.

No site da bolsa brasileira B3 é possível encontrar informações sobre estes e outros ETFs listados no mercado brasileiro.

 

COMO COMPRAR UM FUNDO DE ÍNDICES

É possível comprar ou vender ETFs por meio do sistema de negociação online – através do home broker do investidor nas instituições financeiras. Assim como ocorre na compra de qualquer ação, é preciso adquirir cotas do fundo de índice que são negociadas na bolsa a partir do código específico do ETF de interesse do investidor.

É importante, entretanto, que o investidor tenha alguns cuidados na hora de investir em ETFs. O primeiro deles é ter em mente que um fundo de índice não faz avaliação qualitativa das ações; ele simplesmente acompanha um determinado índice – como é o caso do BOVA11, que acompanha o Ibovespa, ou o IVVB11, que acompanha o índice norte-americano S&P500.

Além disso, o investidor deve saber que a liquidez de alguns ETFs pode ser mais baixa e, por isso, pode haver diferença de preços entre compradores e vendedores nas negociações – o que poderia trazer dificuldades para o investidor na hora de vender suas cotas pelo preço desejado.

Apesar disso, para quem procura por facilidades e diversificação na hora de investir no mercado de ações, os fundos de índice podem se mostrar uma alternativa bastante interessante para investimentos.

E para tomar decisões de investimentos mais adequadas e em linha com objetivos financeiros compensatórios e rentáveis, cada investidor deve contar com uma boa plataforma digital e assessoria de investimentos gabaritada. Escolher um banco de investimentos conceituado e com expertise comprovada pode lhe ajudar a encontrar as melhores opções de investimentos, de acordo com seu planejamento pessoal.

Por isso, minha recomendação é que o investidor procure por plataformas digitais de negociações que possuam o máximo de recursos e informações disponíveis para operação trade, onde é possível ter acesso a produtos de diversos bancos e contar com toda a expertise de assessores de investimentos com a mais alta performance e profissionalismo em investimentos e gestão de recursos. Algo que alguns bancos e corretoras do brasil já dispõem no setor de investimentos e negociação.... Segue abaixo alguns papeis em fundos de índices disponíveis para negociação na B3.

 

LISTA DE FUNDOS DE INDICES DIPONIVEIS NA B3

 

LISTA DE ETF´S DISPONÍVEIS NA B3 PARA NEGOCIAÇÃO

TITULO/PAPEL

ÍNDICE

01

BOVA 11

IBOVESPA /B3

02

IVVB 11

S&P 500

03

NASD 11

NASDAQ 100

04

SMAL 11

SMAL CAPS

05

HASH 11

MERCADO DE CRIPTOATIVO

06

BITH 11

MERCADO DE CRIPTOTIVO/BITCOIN

07

ETHE 11

MERCADAO DE CRIPTOATIVO/ETHERIUM

08

GOLD 11

MERCADO DE OURO

09

XINA 11

MERCADO CHINES

10

EURP 11

MERCADO EUROPEU

11

EMEG 11

MERCADO DE PAISES EMERGENTE

12

XFIX 11

MERCADO DE FUNDOS IMOBILIARIOS

13

IMAB 11

INDICE DE RENDA FIXA

14

IRFM 11

INDICE DE RENDA FIXA

15

IBRM 11

INDICE DE RENDA FIXA

16

SPIXI 11

ÍNDICE S&P 500

Fonte: Staff Investimentos / Aavaliação: Abrantes F. Roosevelt

 

TRIBUTAÇÃO – ETFS

 

Os ETFs são chamados pela Instrução CVM 359/2002 de Fundos de Investimentos em Índice de Mercado – Fundos de Índice. O fundo é uma comunhão de recursos destinados à aplicação em carteira de ativos financeiros que vise refletir as variações e a rentabilidade de um índice de referência, por prazo indeterminado. Esse índice de mercado deve ser reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários.

Os ETFs são constituídos sob a forma de condomínio aberto, com negociação de cotas no mercado secundário por intermédio de Bolsa de Valores ou de entidades do mercado de balcão organizado. Em bolsa, quando referentes à renda variável, são negociados com o lote mínimo de 1 cota.

No que se refere à tributação dos ETFs, não há a figura do “come-cotas” ou a isenção de cobrança de Imposto de Renda para valores de vendas mensais inferiores a R$ 20.000,00, como ocorre nas ações. Também não ocorre recolhimento de IOF.

No caso de ETFs de renda variável, o cotista arca com alíquota de 15% sobre o ganho de capital em vendas do mercado secundário. Já para ETFs de renda fixa, a alíquota de Imposto de Renda poderá variar entre 15% e 25%, a contar do prazo médio dos títulos que compõem sua carteira:


Tabela para tributação de Imposto de Renda para ETFs de Renda Fixa:


 DURATION MÉDIA DOS TÍTULOS

 ALÍQUOTA

Igual ou inferior a 180 dias          25%

Entre 181 e 720 dias                     20%

Superior a 720 dias                       15%


Fonte: Secretaria da Receita Federal 


Abrantes F. Roosevelt, 30 de Janeiro de 2023


                                                                                 

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