Office 02 - Análise Financeira de Crédito

Fonte: Staff Investimentos / Texto: Abrantes F. Roosevelt



Analise Financeira de Crédito


A análise financeira de crédito é um processo estruturado e organizado que visa analisar diversos dados inerentes aquela pessoa física ou jurídica que se quer financiar. Esta ferramenta busca possibilitar o levantamento das questões certas acerca do tomador do crédito. Trata-se de um processo que cobre uma estrutura complexa ainda mais ampla do que simplesmente analisar o crédito de um cliente e os seus dados financeiros para a tomada de decisão com propósitos creditícios, trata-se portanto também de uma analise idônea e moral.

O processo de análise e de concessão de crédito recorre ao uso de duas técnicas analíticas especificas, uma é de técnica subjetiva e a outra é de técnica objetiva ou estatística. A primeira diz respeito à técnica baseada no julgamento humano e a segunda é baseada em processos estatísticos. Em relação à primeira técnica, a análise de crédito envolve a habilidade de fazer uma decisão de crédito, dentro de um cenário de incertezas e constantes mutações e informações incompletas, ou seja, grande parte da análise de crédito é realizada através do julgamento do agente de crédito, baseada principalmente na habilidade e experiência do mesmo. Esta técnica baseia-se na experiência adquirida, disponibilidade de informações e sensibilidade de cada analista quanto a aprovação do crédito.

A análise subjetiva do tomador do crédito é importante, visto que através da experiência do agente de crédito é possível identificar fatores de caráter, capacidade, capital e condições de pagamento. Porém, essa análise não pode ser realizada de maneira aleatória, é preciso estar embasada em conceitos técnicos que irão guiar a tomada de decisão.

Algumas empresas de pequeno porte não dispõem de capacidade financeira para manter um analista de crédito, por isso tem surgido empresas que podem dar um suporte a esses empreendedores, visando a diminuição das perdas financeiras com a inadimplência. Todos os processos descritos abaixo, são feitos por essas empresas e em seus relatórios com os resultados da análise de crédito também estão incluídos as consultas no SPC e no SERASA, que são empresas técnicas e especialistas em fazerem habitualmente estes tipos de analises.

Em um entendimento mais generalizado a Análise de Crédito esta pautada em um momento especifico no qual o agente cedente do crédito, o superavitário, irá avaliar o potencial retorno do tomador do crédito, o deficitário, bem como os riscos inerentes à sua concessão. Este procedimento será realizado com o objetivo de ser possível identificar os clientes que futuramente poderão não honrar com suas obrigações, acarretando uma situação de risco de caixa à organização. É através dessa Análise de Crédito que será possível identificar se o cliente possui idoneidade e capacidade financeira suficiente para amortizar a dívida que se pretende contrair.

O processo de análise de crédito para pessoa física requer um critério mais minucioso e especifico para concessão de empréstimo, estes instrumentos de analise visam identificar os riscos para a organização que está concedendo o crédito, e eles também evidenciaram conclusões quanto à capacidade de repagamento do tomador e fazem recomendações sobre o melhor tipo de empréstimo a ser concedido.

A análise ocorrerá conforme as necessidades do solicitante e dentro de um nível de risco aceitável, isto ocorrera a partir da apresentação da documentação e da análise que será feita sobre os mesmos, objetivando minimização dos riscos e a maximização dos resultados da instituição. Este processo é extremamente importante para a análise de crédito efetuada em organizações de concessão de microcrédito, principalmente devido à simplificação e desburocratização desta modalidade de empréstimo.

A análise subjetiva de crédito não é um exercício que visa ao cumprimento de disposições normativas, mas sim tem por objetivo chegar a uma decisão clara sobre a concessão ou não do crédito ao solicitante. O processo de análise subjetiva, como o próprio nome diz, não é uma ciência exata, podendo existir inúmeras soluções para cada situação de concessão, sendo certo que a análise pode fazer emergir opções durante o processo decisório.

A análise de crédito é um processo estruturado e organizado, que possuir a finalidade de reunir e de montar todos os fatos que conduzem ao problema, ela determinar as questões e suposições relevantes para a tomada de decisão, analisa e avalia os fatos levantados e desenvolve uma decisão a partir das alternativas funcionais aceitáveis. 

A análise de crédito será mais consistente quanto mais presentes e valiosas forem as quantificações dos riscos identificados, uma praticidade que viabilizar as tomadas de conclusões. O processo de análise de crédito para pessoa física baseia-se na qualidade das informações obtidas e nas decisões decorrentes. Essas decisões devem ser práticas e viáveis dentro de um modelo funcional adaptado à realidade da organização. Portanto em qualquer situação de análise de crédito, há três etapas distintas a percorrer durante esta processo:

1 - Análise Retrospectiva
2 - Análise de Tendência
3 - Capacidade Creditícia

Análise Retrospectiva: Trata-se da avaliação do desempenho histórico do tomador potencial, analisando os riscos inerentes ao mesmo e como foram contornados. Este processo visa identificar fatores na atual condição do tomador que possam dificultar o pagamento da divida.

Análise de Tendência: Visa ter uma projeção da condição futura do tomador do crédito, com a finalidade de avaliar o nível de endividamento suportável e o quanto oneroso será o crédito que se espera obter.

Capacidade Creditícia: Tem a partir do grau de risco avaliado, verificar se o tomador apresenta condições de pagamento, esta viabilizará uma projeção do seu nível de endividamento futuro, avaliando a capacidade creditícia do tomador, ou seja, isto determinará qual a quantia de capital que ele poderá obter junto ao credor.

Estas três etapas são realizadas para que ocorra uma análise minuciosa de risco da operação de concessão de crédito à pessoa física, após a aplicação destas etapas, ainda haverá outras fases a percorrer durante a analise. Estas fases distintas serão definirá a finalização da analise e a sua conclusão, trata-se de seis fases conforme quadro a seguir:

1 - Análise Cadastral
2 - Análise de Idoneidade
3 - Análise Financeira
4 - Análise de Relacionamento
5 - Análise Patrimonial
6 - Análise de Sensibilidade
7 - Analise de Crédito


Análise Cadastral

A análise cadastral se refere basicamente ao processo de análise dos dados de identificação dos clientes. Estas informações preliminares, justificará as evidencias físicas, no âmbito documental da existência do cliente, que pleita eleger o sucesso da concessão do crédito, mais isto irá depender das informações confiáveis a respeito dos dados que serão apresentados.

E nesta etapa que é feito o levantamento e a análise das informações básicas de crédito, estas ações são requisitos fundamentais para a determinação do valor do crédito, do prazo de amortização, das taxas de juros e, se necessário do reforço ou vinculação de novas garantias.

Neste fase entra um outro instrumento de verificação e analise, trata-se do Manual de Normas e Instruções do Banco Central do Brasil, as instituições de crédito, micro crédito e bancos tradicionais só devem conceder empréstimos, ou créditos a tomadores se possuírem adequadas e não restritivas informações cadastrais. É prerrogativa deste manual que as instituições de crédito devem munir-se de elementos informativos essenciais e indispensáveis sobre o potencial tomador do crédito, antes de manter qualquer tipo de relacionamento concreto ou formalizar alguma operação de crédito. 

Entende-se que todas as instituições de crédito devem atentar para o sigilo das informações coletadas pelos agentes de crédito. Sugere-se que as informações e documentação pessoal devem ser mantidas arquivadas sobre minucioso controle. Tal atenção é necessária para que ocorra sigilo das informações e para que melhor lhe permita o controle, manuseio e atualização dos dados. Os dados que deverão ser identificados para análise, deverão ser os seguintes:

1 - Escolaridade
2 - Estado Civil
3 - Idade
4 - Idoneidade
5 - Moradia (se própria ou alugada e tempo de residência)
6 - Número de dependentes
7 - Renda (principal e complementar)
8 - Situação legal dos documentos
9 - Tempo no atual emprego ou atividade exercida


A Analise Financeira de Crédito ainda defende que no processo de análise de crédito deve-se considerar todas as informações relacionadas com a situação financeira do cliente, pois a análise conjunta dos dados irá fornecer informações mais precisas para a tomada de decisão. E neste tocante o agente de crédito deve atentar para a seguinte documentação legal:

1 - Certidão de Casamento, se casado (a)
2 - Cédula de Identidade (RG)
3 - Cartão de Identificação do Contribuinte (CPF)
4 - Declaração de Bens (anexo da declaração do Imposto de Renda), conforme Lei 8.009/1990 – Lei de Impenhorabilidade do Bem de Família
5 - Comprovante de rendimentos
6 - Comprovante de residência
7 - Procurações (se houver)
8 - Cartões de Instituições Financeiras (originais)
9 - Ficha Cadastral preenchida e assinada


A ficha cadastral é um resumo da vida do cliente, e é por meio dela que o credor tem a possibilidade de obter um conhecimento inicial sobre o seu futuro cliente. Este instrumento de crédito define aspectos importantes e de forma conjunta todas as informações financeiras e não financeiras necessárias que possam subsidiar o processo decisório na concessão de crédito, auxiliando na avaliação do futuro cliente.


Análise de Idoneidade

A análise de idoneidade consiste no levantamento e análise de informações relacionadas à idoneidade do cliente com o mercado de crédito. Esta análise baseia-se na coleta de informações sobre o solicitante do crédito junto às empresas especializadas no gerenciamento de risco de crédito. Empresas como Serasa, Boa Vista Serviços (SCPC), EQUIFAX e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) são exemplos de organizações que podem fornecer informações úteis sobre a situação de crédito do cliente.

A análise da idoneidade deve ser um das primeiras informações averiguadas, pois caso o cliente não possua informações negativas, as demais informações poderão ser coletadas e analisadas para a análise do risco total. A idoneidade do cliente pode ainda ser classificada em quatro categorias:

1 - Sem Restritivos
2 - Alertas
3 - Restritivos
4 - Impeditivos


Sem Restritivos: Quando não há informações negativas sobre o cliente no mercado de crédito, e não há pleitos para uma possível restrição graves para sua concessão de crédito.

Alertas: Quando há registros antigos no mercado de crédito, já solucionados, que não impedem a concessão de novos créditos. Apenas ocorre a exigência de uma análise mais criteriosa por parte do agente de crédito.

Restritivos: Indicam que o cliente possui informações desabonadoras no mercado de crédito. São exemplos: registros de atrasos, renegociações e geração de prejuízos a credores. Podem ser classificadas como de caráter subjetivo de uso interno de instituições do mercado de crédito ou de caráter objetivo, tais como protestos, registros de cheques sem fundo, ações de busca e apreensão, dentre outros.

Impeditivos: são apontamentos que impedem que pessoas físicas atuem como tomadores de crédito, a exemplo de bloqueios de bens, impedimentos no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), proibições legais de concessão de crédito, dentre outros.


Análise Financeira

A análise financeira é primordial a identificação e a determinação das forças e fraquezas financeiras do cliente, esta analise partir das informações das demonstrações financeiras de cada cliente e as suas peculiaridades trançam quais determinações devem ser seguidas e adotadas. A análise da renda total do cliente e posterior a análise de compatibilidade com os créditos pretendidos e é uma fase de vital importância no processo de análise dos riscos de crédito preestabelecido e prejulgado.

Em uma analise financeira deve-se ter atenção especial à análise da renda, pois consideram existir relação direta entre a renda e a taxa de inadimplência de pessoas físicas. Neste aspecto é importante determinar o valor exato da renda e a sua regularidade, bem como a probabilidade de continuar sendo recebida. Desta maneira é possível identificar fatores que poderão vir a prejudicar o futuro pagamento da dívida contraída. Neste entendimento os Demonstrativos de Pagamento, Declaração de Imposto de Renda e Extratos Bancários serão as melhores fontes de informações sobre a renda real do cliente.

Os Demonstrativos de Pagamento, fornecidos pelos empregadores dos solicitantes de crédito, constituem-se na fonte mais utilizada pelas instituições de concessão de crédito. A Declaração do Imposto de Renda é uma fonte alternativa de dados que possibilita um melhor cálculo sobre a renda média mensal do solicitante, tornando a analise mais precisa e fidedigna.

Obviamente no caso de pessoas físicas autônomas ou profissionais que trabalhem em atividades sazonais, o agente de crédito deve tomar especial cuidado com discrepâncias na renda média mensal do cliente. Pois neste caso em particular a comprovação da renda é de extrema dificuldade e por isso o agente de crédito deve se basear em cálculos aproximados a partir de demonstrativos bancários, tais como extratos de contas bancárias.

Em situações deste tipo é extremamente recomendado a construção de um Balanço Patrimonial adaptado do solicitante do crédito, esta ferramenta que deve ser solicitada e analisada pelo agente de crédito. Este instrumento visa uma melhor visualização dos ativos e passivos a fim de determinar a situação financeira e a capacidade de pagamento do cliente.

Os ativos representam os bens, tanto financeiros como patrimoniais dos clientes. Estes ativos são colocados em ordem de liquidez, iniciando pelos ativos que melhor possam ser convertidos em receita imediata, representados por valores em conta corrente, salário e outros, até os ativos menos líquidos, como por exemplo, veículos e imóveis devem ser considerados para uma possível liquidez. Os passivos representam todos os compromissos que o cliente assumiu com o mercado de crédito ou para a compra de bens e serviços. Estes ativos são organizados de maneira a iniciar pelos de maior solvência, ou seja, os que tem caráter imediato, até os de maior prazo de pagamento.

É importante observa que quanto maior for o saldo do ativo total em relação ao passivo total, maior será a capacidade do cliente honrar com as dívidas adquiridas. Neste caso, o patrimônio líquido, calculado pela diferença entre o total dos ativos e o total dos passivos, será um excelente indicador da riqueza do cliente e, por conseguinte, da capacidade de pagamento do mesmo.


Análise de Relacionamento

A análise de relacionamento de crédito se baseia principalmente na análise realizada sobre as informações extraídas do histórico do relacionamento do cliente com o credor e o mercado de crédito. Quando o cliente já é conhecido da instituição de concessão de crédito, é possível extrair informações de créditos adquiridos anteriormente, tais como as taxas de juros aplicadas, freqüência de utilização, pontualidade na amortização, dentre outras características.

Nesta análise de relacionamento de crédito auxilia-se na análise da idoneidade do cliente, que é um fator que pode garantir uma decisão mais favorável ou não à concessão do crédito. Contudo, aponta a dificuldade dos agentes de crédito de conseguirem informações precisas junto a outras instituições de crédito devido à necessidade de manter sigilo sobre as operações com que trabalham. Conhecer o patrimônio dos clientes é importante no processo de análise de crédito, principalmente para que seja possível vinculá-lo em contratos de crédito sempre que for verificada a existência de algum risco maior a instituição que visa conceder créditos.


Análise Patrimonial

A análise patrimonial é frequentemente utilizada para a avaliação das garantias que os clientes podem oferecer para vincularem ao contrato de concessão de crédito. Neste entendimento a garantia como a vinculação de um bem que assegure a liquidação do crédito caso o tomador não honre com as suas dívidas é fator preponderante para uma analise segura e coesa. Entretanto a concessão do crédito não pode estar atrelada ao bem disposto como garantia, pois assim a organização estaria comprando um bem que não é de seu interesse.

A analise patrimonial neste caso busca a finalidade da garantia exclusiva e evidente, e é buscando evitar que fatores imprevisíveis impossibilitem a quitação do crédito adquirido pelo solicitante, que esta analise se torna inerentemente indispensável. O Banco Central estabelece que as instituições financeiras que trabalham com a concessão de crédito devem exigir dos solicitantes garantias suficientes para garantir o retorno do capital utilizado na operação.

No entanto, fica a cargo da instituição de concessão de crédito definir quais garantias serão aceitas, bem como a real necessidade das mesmas para a realização da operação de crédito. Além disso, as garantias reais dos bens, devem ser corretamente analisadas para se verificar a possibilidade de solvência das mesmas, assim como seu valor de mercado real e a existência de ações legais que impeçam que sejam utilizadas.


Análise de Sensibilidade

A análise de sensibilidade é uma fase extremamente importante no processo de análise da concessão de um crédito. É nesta fase que o agente de crédito ou analista financeiro irá monitorar a situação macroeconômica a fim de prever situações que poderão aumentar o nível de risco da operação. É nesta etapa que o monitoramento das taxas de juros devem ser melhor analisadas e colocados sobre um crivo mais especifico e técnico. O aumento das mesmas pode desencadear a redução do nível de atividade econômica ou até levar à recessão, reduzindo a capacidade de geração e retenção de fluxos de caixa, comprometendo a capacidade real de pagamento dos compromissos financeiros das mesmas.


Analise de Crédito

É importante que os analistas de crédito monitorem o mercado e a economia em geral a fim de prever possíveis situações de desequilibro na economia. O objetivo é evitar o cenário de não cumprimento dos pagamentos nas suas carteiras de crédito. Uma correta avaliação do mercado pode ajudar a definir quais taxas serão praticadas, quais prazos de pagamento são mais favoráveis e em quais situações o devedor poderá se tornar um incumpridor.

A aplicação de modelos de credit scoring e outras ferramentas para análises de crédito se iniciaram na década de 1930, em companhias seguradoras. No entanto, a realização de seu desenvolvimento em instituições financeiras, foi definitivamente inferido a partir da década de 1960. Este modelo proporciona uma vantagem competitiva para a organização, porém, apenas após a estabilização da economia brasileira, em 1994, é que começou a ser difundido no Brasil.

O termo credit scoring é utilizado para descrever métodos estatísticos adotados para classificar candidatos à obtenção de um crédito em grupos de risco. Este tipo de pratica tem início a partir do histórico de concessões de crédito efetuadas por uma instituição de crédito. Isto é possível, através de técnicas estatísticas para identificar as variáveis socioeconômicas que influenciam na capacidade do cliente em pagar o crédito, ou seja, na qualidade do crédito da pessoa física.

O método de credit scoring é baseado na classificação de candidatos a crédito em grupos de acordo com seus prováveis comportamentos de pagamento. Isto deve informa a probabilidade de um candidato gerar ou não um risco a organização. Esta analise deve ser estimada com base nas informações que o tomador fornecer na data do pedido de concessão de credito, e a estimativa servirá como fundamento para a decisão de aprovação ou não do crédito.

Este modelo é baseado em informações do passado recente da carteira de crédito, um referencial que deve gera notas (scores) para novos candidatos ao crédito que representam a expectativa de que os clientes paguem suas dividas sem se tornarem inadimplentes.

O modelo de credit scoring é uma ferramenta valiosa para decisões de aprovação ou não de pedidos de crédito, obedecendo à hipótese de que o público alvo da carteira de crédito, após a implementação do modelo, se mantenha o mesmo no passado recente, especialmente sobre todo o procedimento estatístico em que se baseou a coleta de dados.

A partir de uma equação gerada através de variáveis referentes ao candidato à operação de crédito, os analistas de credit scoring geram uma pontuação que representa o risco de inadimplência, ou seja, o escore que resultante da equação de credit scoring pode ser interpretado como probabilidade de inadimplência.

O escore pode ser utilizado para classificação de créditos como adimplentes ou inadimplentes, bons ou maus, desejáveis ou não, de acordo com a pontuação obtida por cada crédito. Esta classificação, por sua vez, pode orientar a decisão dos analistas em relação à concessão ou não do crédito solicitado.

A ideia essencial dos modelos de credit scoring é identificar certos fatores-chave que influenciam na adimplência ou inadimplência dos clientes, permitindo a classificação dos mesmos em grupos distintos e, como consequência, a decisão sobre a aceitação ou não do crédito em análise.

A diferenciação desse modelo em relação aos modelos subjetivos de análise de crédito se qualifica melhor pelo fato da seleção dos fatores-chave e seus respectivos pesos ser realizada através de processos estatísticos. A pontuação gerada para cada cliente, a partir da equação do modelo credit scoring, fornece indicadores quantitativos das chances de inadimplência desse cliente.

Os modelos de credit scoring podem ser aplicados tanto à análise de crédito de pessoas físicas, quanto a empresas. Quando aplicados a pessoas físicas, eles utilizam informações cadastrais e sócio-econômicas dos clientes.

A metodologia básica para o desenvolvimento de um modelo de credit scoring não difere entre aplicações para pessoa física ou jurídica, sendo que as seguintes etapas devem ser cumpridas para o seu desenvolvimento:

1- Planejamento e definições: Mercados e produtos de crédito para os quais serão desenvolvidos o sistema, finalidades de uso, tipos de clientes, conceito de inadimplência a ser adotado e horizonte de previsão do modelo;

2- Identificação das variáveis potenciais: caracterização do proponente ao crédito, caracterização da operação, seleção das variáveis significativas para o modelo e análise das restrições a serem consideradas em relação às variáveis;

3- Planejamento amostral e coleta de dados: seleção e dimensionamento da amostra, coleta dos dados e montagem da base de dados;

4- Determinação da fórmula de escoragem através de técnicas estatísticas, como por exemplo, a análise discriminante ou regressão logística; e

5- Determinação do ponto de corte, a partir do qual o cliente é classificado como adimplente ou bom pagador; em outras palavras, é o ponto a partir do qual a instituição financeira pode aprovar a liberação do crédito.

Os modelos de credit scoring propriamente ditos são ferramentas que dão suporte à tomada de decisão sobre a concessão de crédito para novas aplicações ou novos clientes. E para que esta base de decisão esteja consolidada é preciso ter outras forças de analises para sustentar as avaliações. Neste aspecto, veremos estas outras forças de analises que devem ser utilizadas para a estimativa:

1- Consistência: são modelos bem elaborados, que utilizam a experiência da instituição, e servem para administrar objetivamente os créditos dos clientes já existentes e dos novos solicitantes;

2- Facilidade: os modelos credit scoring tendem a ser simples e de fácil interpretação, com instalação relativamente fácil. As metodologias utilizadas para construção de tais modelos são comuns e bem entendidas, assim como as abordagens de avaliação dos mesmos;

3- Melhor organização da informação de crédito: a sistematização e organização das informações contribuem para a melhoria do processo de concessão de crédito;

4- Redução de metodologia subjetiva: o uso de método quantitativo com regras claras e bem definidas contribui para a diminuição do subjetivismo na avaliação do risco de crédito; e

5- Maior eficiência do processo: o uso de modelos credit scoring na concessão de crédito direciona os esforços dos analistas, trazendo redução de tempo e maior eficiência a este processo.

Os elementos de avaliação de credito devem estar alinhados ao sistema de corroboração das forças de analises, fatores que também devem demonstra as principais desvantagens dos modelos de credit scoring. A seguir veremos algumas:

1- Custo de desenvolvimento: desenvolver um sistema credit scoring pode acarretar custos, não somente com o sistema em si, mas também com o suporte necessário para sua construção, como por exemplo, profissionais capacitados, equipamentos, coleta de informações necessárias ao desenvolvimento do modelo, dentre outros;

2- Excesso de confiança nos modelos: algumas estatísticas podem superestimar a eficácia dos modelos, fazendo com que usuários, principalmente aqueles menos experientes, considerem tais modelos perfeitos, não criticando seus resultados;

3- Falta de dados oportunos: se o modelo necessita de dados que não foram informados, pode haver problemas na sua utilização na instituição, gerando resultados diferentes dos esperados. Além da falta de algumas informações necessárias, faz-se necessário analisar também a qualidade e fidedignidade das informações disponíveis, uma vez que elas representam o insumo principal dos modelos de credit scoring; e

4- Interpretação equivocada dos escores: o uso inadequado do sistema devido à falta de treinamento e aprendizagem de como utilizar suas informações pode ocasionar problemas sérios à instituição. Verifica-se, portanto, que os modelos de credit scoring podem trazer significativos benefícios à instituição quando adequadamente desenvolvidos e utilizados. No entanto, eles também possuem limitações que precisam ser bem avaliadas antes do desenvolvimento e implementação de um modelo dessa natureza.


Tipos Financeiros de Crédito

Atualmente existem vários tipos e linhas de crédito circulantes no Brasil, todas elas regulamentadas e estruturadas pelo Banco Central do Brasil o BACEM. Financeiramente os créditos bancários ajudam a realizar projetos que visam a satisfazer as necessidades individuais e empresariais, sejam elas despesas ou investimentos de acordo com cada orçamento dos clientes ou das empresas solicitantes.


Tipos de Crédito para Pessoa Física

Existem diversos tipos de empréstimos e crédito pessoal no mercado financeiro, os mais comuns estão mais acessíveis a população e movimentam a maioria das transações financeiras do país, vamos relacioná-los a seguir:


Cartão de Crédito

É um crédito de curto prazo onde o foco principal são as compras e o consumo em geral. Com base no seu perfil de consumo ou na renda de cada cliente, as empresas oferecem cartões com determinados limites de crédito, cada um com a sua própria forma de pagamento, taxa de juros e meios de solicitação. O cliente pode escolhe um dia do mês para pagamento da fatura e dependendo da data da compra, você chega a ter até 40 dias de prazo para fazer o pagamento, o pagamento pode ser feito apenas em seus valores mínimos, rotativos ou integrais.

Recomenda-se que a fatura seja planejada e paga em dia, caso contrário você pode até se endividar. Geralmente paga-se a administradora uma anuidade para utilizar um cartão de crédito, mas é possível fazer uma negociação junto aos bancos e obter tarifas baixas ou até mesmo sua total isenção.


Cartão de Loja

Atualmente muitas lojas de departamento e redes de supermercado oferecem seus próprios cartões de crédito para compras parceladas. Essa modalidade de cartões tem a vantagem de fazer menos exigências em termos de renda e documentação para aprovar créditos. Para atrair clientes, muitas lojas não cobram anuidades ou taxas e ainda oferecem descontos em determinados produtos.


Debito ou Credito em Conta

O débito automático em conta é um contrato autorizado pelo cliente, devidamente ratificados entre as partes, ou seja entre o cliente, o banco e uma empresa de financiadora que lhe presta um serviço através de um instrumento de crédito. Atualmente é possível ter todas as contas pessoais e outras contas mensais colocadas em débito automático, tais como, a conta de luz, água, telefone, internet, escola, celular, TV a cabo e inclusive imposto de renda e IPTU, com modalidades parceladas se o cliente assim o desejar. O cadastro das contas no débito automático podem ser feitas pelo próprio site do banco ou em uma agencia física bancaria, desde de que o cliente tenha conta corrente nesta unidade bancaria.

O débito em conta automático também existe como linha de crédito pessoal criada especialmente para os Aposentados e Pensionistas do INSS, Servidores Públicos, Militares e Celetista. É um crédito pessoal com pagamentos das prestações via débito direto na conta corrente do cliente, sem vinculo com consignação de crédito, ou seja, o debito automático aqui nesta modalidade é uma transação independente e com viés próprio. Mesmo estando com sua margem de consignado comprometida, o valor pode ser disponibilizado em até 24 horas, algumas instituições bancarias contam com parcelamentos que vão de 08 até 12 vezes, e os refinanciamentos á partir de 1/3 das parcelas pagas.

Esta linha se estende também para empregados celetistas da rede privada, desde que tenham pelo menos um ano de carteira assinada e que não estejam com outra linha de debito em conta em atuação, esta ultima observação vale também para os beneficiários do INSS e funcionários públicos.

O valor total liberado ao cliente é calculado com base de referencia no valor liquido recebido na conta corrente do próprio cliente. Para que a transação seja ratificada é preciso que um comprovante bancário seja apresentado no ato da contratação, os extratos bancários devem respeita os 90 dias contendo os pagamentos dos últimos 03 meses.

No caso dos beneficiários do INSS e de funcionários públicos os últimos 03 holerites ou contra cheques ou detalhamento de crédito deveram ser apresentados de forma conjunta. Também não há consulta ao SPC ou SERASA, e negativados podem fazer este tipo de transação bancaria. Alguns documentos de identificação pessoal são necessários como RG, CNH ou outro documento funcional de identificação e o CPF.

O comprovante de residencia nominal ou de um parente de 1° grau deve esta presente, como uma fatura de luz e ou água. É necessário também os últimos três extratos da conta corrente, os últimos três holerites e ou no caso dos funcionários públicos e beneficiários do INSS, os últimos três detalhamentos de crédito do cliente. 


Cheque Especial

O cheque especial é um produto de curtíssimo prazo ligado à sua conta bancária, e pode ser usado quando não existirem reservas em casos de emergência, sem necessidade de autorização junto ao banco. Por causa desta facilidade, este tipo de empréstimo tem uma taxa de juros alta, em média, 150% ao ano (8% ao mês). Recomenda-se que essa dívida seja coberta o mais rápido possível. Se você utiliza o cheque especial para suas despesas do dia a dia, o ideal é reorganizar seus gastos.


Crédito Pessoal

Muitas pessoas utilizam essa modalidade de crédito bancário para a realização de sonhos ou projetos, porém especialistas recomendam que sejam utilizadas em casos de emergência ou para quitar dívidas onde as taxas de juros são mais elevadas, como cartão de crédito e cheque especial. Os bancos costumam oferecer linhas de crédito para seus correntistas e, principalmente aos clientes que possuem conta salário.

A transação é rápida e pode, até mesmo, ser realizada por caixa eletrônico ou site da instituição financeira. Antes de utilizar o crédito pessoal, faça planejamento e verifique se a parcela cabe no seu bolso para não correr o risco de prejudicar sua saúde financeira.


Crédito Consignado

O credito consignado é muito similar ao crediário convencional praticados por bancos e lojas, é recomendado para aqueles que possuem esta opção, pois os juros costumam ser menores uma vez que as parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento deste cliente. Existem linhas de crédito para servidores públicos, para aposentados e pensionistas do INSS e para empregados de empresas privadas, desde que tenham convênio com a instituição financeira onde a operação será feita. O valor total de um empréstimo consignado não deve ultrapassar 30% do seu salário.


Renegociação

A renegociação de dívidas é um dos tipos de crédito existentes que e recomendado para aquela pessoas que possuem várias dívidas, ou para produtos com juros muito altos. Além da renegociação, é importante rever sua vida financeira a fim de não incorrer em novas dívidas e não prejudicar seus projetos e sonhos.


Refinanciamento

O financiamento para reforma é indicado antes de começar as obras, é uma boa opção desde que exista um bom planejamento, pois obras podem comportar imprevistos, mas estabeleça um teto de gastos. Antes da contratação, verifique as parcelas e se este é o melhor produto, pois as taxas de juros podem variar com relação a outras opções de empréstimo.


Financiamento de Veículos/Leasing

Este é um dos tipos de crédito existentes que requer planejamento, pois além das parcelas, existem outros gastos associados, como IPVA, licenciamento, inspeções, seguro, combustível, consertos, estacionamentos e aluguel de garagem. Recomendado para quem quer comprar o carro imediatamente.


Consórcio de Veículos

Diferentemente do financiamento, o consórcio é recomendado àqueles que não têm necessidade imediata de adquirir o veículo, pois não são aplicados juros, mas é cobrada uma taxa de administração. Importante lembrar que o prazo para obter o bem não é garantido, podendo ser tanto no primeiro sorteio quanto no último.


Financiamento Imobiliário

Produto de longo prazo, exige um planejamento sério, pois comprometerá seu orçamento por vários anos. Importante lembrar que além das prestações, existem outros gastos associados à moradia, como a taxa de condomínio, decoração, IPTU, consertos, reformas e etc.


Consórcio Imobiliário

Para quem deseja adquirir um imóvel, mas não tem urgência, pois não são aplicados juros, só é cobrada uma taxa de administração. Importante lembrar que o prazo para obter o bem não é garantido podendo ser tanto no primeiro sorteio quanto no último.




Tipos de Crédito para Pessoa Jurídica

É obviamente natural em um processo de analise de crédito que um negócio ou uma empresa precise também conhecer os tipos de crédito para pessoa jurídica. Pois as opções são bem diferentes das formas de crédito para pessoa física. As entidades financeiras concedem crédito para sua empresa viabilizando a compra de bens, capital de giro ou mesmo realizando pagamentos de fornecedores. Neste aspecto quanto falamos de pessoa jurídica existem créditos de curto, médio e de longo prazo. Os tipos de crédito para pessoa jurídica são estes presentes abaixo:


1 - Financiamento de Capital de Giro
2 - Descontos de Títulos ou Duplicatas
3 - Leasing Pessoa Jurídica
4 - Adiantamento do Cartão de Crédito
5 - FINEP
6 - Cartão BNDES



Financiamento de Capital de Giro

Neste tipo de crédito o banco empresta recursos as empresas para atender as necessidades de fluxo de caixa ou capital de giro a curto prazo. Este tipo de operação de crédito pode ser feito com, ou sem garantia de bens.


Descontos de Títulos ou Duplicatas


É uma operação financeira na qual a empresa entrega certas duplicatas para o banco e este lhe antecipa o valor em conta corrente cobrando os juros antecipadamente. Muitas empresas fazem o uso desta operação com o objetivo de captar recursos para o caixa da empresa por possuir taxas de juros menores do que crédito de capital de giro.


Leasing Pessoa Jurídica

Com as operações de Leasing as empresas tem a oportunidade de financiar maquinas, computadores e outros equipamentos que ficam no nome da companhia de leasing e não do cliente. Quando terminado o contrato a empresa pode devolver o bem ou não. Caso a empresa opte ficar com o bem, basta passar o patrimônio para o nome da empresa e validar a quitação do valor residual.


Adiantamento do Cartão de Crédito


Muitas empresas recebem suas vendas através do cartão de crédito e por isso esse é um dos tipos mais comuns de crédito para pessoa jurídica. O adiantamento dos recebíveis do cartão é creditado na conta da empresa e os juros são cobrados de forma antecipada.


FINEP


O FINEP é uma iniciativa do governo federal que fornece empréstimo para empresas que criam produtos ou serviços tecnológicos. Os valores são disponibilizados entre R$150 mil a R$10 milhões de reais.


Cartão BNDES


Este também é um dos tipos de crédito mais comum para pessoa jurídica. O acesso ao cartão do BNDES é realizado diretamente pelo site do BNDES para empresas que faturam até 90 milhões de reais por ano.

A analise de crédito é uma ferramenta muito complexa e arduamente técnica, pois depende de fatores orgânicos ou emocionais e de técnica inorgânicas ou analíticas para aplicar valor e tomada de decisão, obviamente no que se observa aos tipos de crédito para pessoa jurídica, as analises precisam ser mais detalhadas e precisas. 

Atualmente as analises de créditos ficaram mais robustas e com mais ferramentas e técnicas para atuar em um diagnostico. Existem no entanto vários tipos de créditos atuando neste cenário financeiro, e os empréstimos de créditos bancários ficaram mais exigentes e atuantes, mas para a analise deste novo cenário, estudaremos apenas estes três principais tipos créditos citados abaixo:

1 - Credito Pessoal
2 - Credito Empresarial
3 - Credito Consignado


As modalidades financeiras presentes e todos os tipos de crédito existentes no mercado financeiro brasileiro para pessoas físicas e jurídicas são diversas e com muitas implicações e aplicações. A necessidade de adquiri-las em algum determinado momento da vida será de uso inevitável para uma empresa ou pessoa. Fazer antecipadamente um planejamento financeiro e sempre verificar se as parcelas cabem no orçamento é algo que deve ser tomado como medida trivial, responsável e de bom senso.


Credito Pessoal

O Crédito Pessoal ou empréstimo pessoal é indicado para quem busca dinheiro sem necessidade de comprovar sua finalidade. O crédito pessoal é ideal para quem necessita de dinheiro para imprevistos ou para quitar dívidas do cartão de crédito ou do cheque especial, ou ainda para não utilizar o crediário de lojas, uma vez que as taxas de juros desses serviços são, na maioria das vezes, mais altas do que as praticadas em outras operações comuns de crédito.

Uma das vantagens do Crédito Pessoal é a contratação simples e rápida, com pagamento em parcelas que cabem no seu bolso, através do débito automático, boleto bancário ou cheque pré-datado. Também pode-se escolher a melhor data de vencimento para o pagamento das parcelas. Após a análise de crédito pessoal, geralmente em até 24 horas, pode se obter uma aprovação do credito pessoal solicitado, o dinheiro fica disponível imediatamente em uma conta nominal do cliente para usar como quiser.

É preciso ter alguns cuidados e as vezes muito tempo gasto para pesquisar e encontrar o melhor crédito pessoal direto nos bancos e financeiras. Isto é necessário, mesmo que o tempo e as horas perdidas nesta procurar, não virem um problema financeiro futuro. Saber qual é o empréstimo ideal, esta relacionado a quantidade de parcelas, aos juros e as clausuras do contratos e as multas. Para facilitar esta busca uma comparação deve ser feitas entre estes bancos e financeiras e uma visita ao PROCOM de seu estado também é uma alternativa para saber em que grau de confiança esta a ética da empresa que se busca um financiamento.

Após este levantamento detalhando pelas melhores condições de Crédito Pessoal e principalmente verificando se estas estão adequadas ao seu perfil, deve-se recorrer a este tipo crédito, pois as taxas de juros variam de instituição para instituição. É importante ressalta que esta modalidade de empréstimo tem as taxas de juros mais altas do mercado.

É importantíssimo que antes de procurar por um tipo de crédito como este é preciso que o cliente se programe e faço um planejamento financeiro, pois há um alto risco de endividamento. O Crédito Pessoal é uma escolha que requer muitos cuidados e hábil comprometimento. Neste intuito antes de pegar um empréstimo pessoal, atente-se com o planejamento do pagamento. Afinal, ao aceitá-lo, você está de acordo com as condições e clausuras do contrato. À medida que você paga o empréstimo em dia, sua chance de conseguir um novo empréstimo ou financiamento aumenta, caso contrario isto lhe fechará as portas para outra aquisições financeiras.

O crédito pessoal ou empréstimo pessoal funciona com vários itens envolvidos, que garantem a sua solidez e robusta atuação no mercado de finanças, como as garantias, avalistas, fiadores, cheques, consignação em folha de pagamento, entre outros.

O crédito pessoal é um serviço de financiamento prestado pelos bancos, adquirido por uma entidade financeira autorizada e encaminhado à compra de bens de consumo ou outros produtos, incluindo imóveis permanentes. Ao ser autorizado o crédito pessoal, o dinheiro que foi financiado é enviado em uma conta corrente ou entregue ao cliente por um cheque com nominal á ele, e não há a necessidade de especificar sobre onde o dinheiro será aplicado.

Em muitos casos os órgãos que possui esse serviço de empréstimo pessoal, só liberam o crédito ao cliente por meio de uma analise cadastral. Em termos práticos o cliente que estiver solicitando o crédito, somente tem a liberação do crédito se tiver uma garantia, avalistas, fiadores, cheques, consignação em folha de pagamento, que assegure os Bancos, Financeiras ou Cooperativas de crédito que o dinheiro que está sendo financiado será pago no futuro pelo cliente.

Existem bancos que estabelecem um limite de crédito para realizar o empréstimo pessoal já pré-aprovado aos clientes, que pode ser liberado a qualquer momento, bastando apenas a contratação do crédito, seja por telefone ou Internet, sendo que na segunda também está disponível a simulação de crédito, para que seja possível saber quanto é que vai pagar de juros nas parcelas, entre outras informações.

Normalmente o cliente terá um prazo específico para pagar o dinheiro que foi financiado no empréstimo pessoal, este é determinado pelo órgão financeiro que estiver liberando o crédito, sendo que o prazo pode variar de 24 a 72 meses / parcelas. Por isso é importante pesquisar e calcular o valor das parcelas, para escolher a que se adequar ao seu bolso, e procurar pagar o mínimo de juros possível para que não estoure o orçamento familiar.

Portanto ao não realizar o pagamento das parcelas que foram aceitas no contrato as conseqüências geradas não serão nada vantajosas ao cliente, no caso de ter sido liberado o empréstimo pessoal para aquisição de uma casa, propriedades imóveis ou carros, o órgão financeiro poderá penhorá-los, pois o cliente passou a ser devedor por não realizar os pagamentos. Uma solução para que isso não ocorra, é conseguir um fiador, ou seja, uma pessoa que se responsabilizará por quitar ao financiador o valor restante que não venha a ser pago pelo cliente que contratou o crédito pessoal.


Credito Empresarial

Todas as empresas sabem da importância que é contar com um capital de giro mais eficiente e eficaz, pois quando se trata de se sobressair e sobreviver a um mercado cada vez mais competitivo e voraz, onde as tomadas de decisão, junto com os investimentos, mais a aplicação de capital racional e inteligente nas horas certas, faram toda a diferença em uma crise inesperada do mercado ou de seu setor de atuação. 

Esta injeção de animo na receita de caixa da empresa tem um papel preponderante e se for investido de maneira correta alavancara o empreendimento, possibilitando projeções positivas para a empresa. Atualmente os setores das empresas que mais recebem investimentos são os aditivos materiais, mais os negócios de sucesso atuam o direcionamento de seus recursos financeiros em três partes fundamentais que são: Pessoas, Processos e por ultimo Produtos, ou seja os 3P´s.

No entanto a complexidade do mercado faz com que as organizações tenham gastos com impostos, pagamentos de funcionários e outros encargos, e neste lastro nem sempre sobram um montante para investir nos 3P´s que são as molas propulsoras e fundamentais das organizações atuais, fatores que com o tempo iram inviabilizando a expansão do negócio, ou mesmo ainda, poderá comprometer a honra com todas as dívidas da empresa, justamente por falta de investimentos. E é justamente nesse momento que entra o empréstimo empresarial.

O empréstimo empresarial é um contrato que a empresa faz com uma instituição financeira, seja ela um banco, uma financeira, entre outras instituições de financiamento outorgadas pelo banco central, estas empresas visam receber determinada quantia de dinheiro para investimento, que deve ser devolvida aos credores em um prazo preestabelecido entre as partes e mediante o pagamento de juros.

As instituições financeiras têm o direito de conceder ou não esse empréstimo. Isso porque cada uma delas tem as suas regras e especificidades de concessão de créditos. Outro detalhe que merece ser ressaltado diz respeito ao direito do cliente que pede o montante de pagar o que deve antes do prazo, tendo assim a vantagem de obter juros reduzidos.

O empréstimo empresarial só pode ser feito para pessoa jurídica e pode ter finalidades diferentes, como ser usado como capital de giro, compra de equipamentos, melhoras da infraestrutura, pagamento de dívidas, reformas, aquisição de imóveis, entre outros. Isso quer dizer que em nenhuma hipótese o montante pode ser utilizado para fins pessoais.

Além dos documentos comuns que devem ser entregues, como CNPJ atualizado, alvará de funcionamento, cadastro de sócios, balanço patrimonial, escrituras de imóveis, entre outros, algo muito importante é o plano de negócios. Nesse documento a organização deve apresentar a viabilidade financeira do projeto para o qual será destinado o empréstimo.

Ressalta-se assim como no empréstimo para pessoas físicas, as empresas também têm uma série de linhas de crédito. O diferencial está justamente na forma de pagamento de determinados empréstimos que podem ter abatimentos, favorecendo a organização. A seguir conheceremos as vantagens e desvantagens de alguns modelos de crédito empresarial, Os principais são: 

1- Factoring 
2- Empréstimos Bancários
3- Empréstimos com Financeiras
4- Empréstimo com Cooperativa de Crédito
5- Empréstimo Coletivo (crowdfunding)


Factoring

O principal objetivo do Factoring é promover o fomento mercantil, otimizando o mercado,  favorecendo assim o crescimento econômico e a circulação de riquezas. Nesse tipo de empréstimo a instituição financeira compra os créditos de uma empresa para que essa tenha capital necessário para atender, por exemplo, à demanda de um cliente. 

Neste intuito a organização tendo por exemplo um grande pedido de um cliente, mas não possui capital suficiente para começar a produção, ela então vende estes créditos ou ativos, arrecadando assim recursos, já que o recebimento pelo serviço acontecerá depois. Logo, ela terá que vender estes mesmos créditos, negociando o valor com o Factoring, que faz o empréstimo necessário.

Entre as vantagens de utilizá-lo esta o recebimento à vista de vendas feitas a prazo, existe uma assessoria administrativa, e há uma menor burocracia se comparado aos bancos. Suas principais desvantagem é justamente a limitação das transações financeiras, o que faz com que haja a cessão de direitos creditórios.


Empréstimos Bancários

Os bancos ainda são uma das maneiras mais procuradas por empresas que precisam de crédito. O interessante é que eles possuem uma série de linhas, possibilitando à organização encontrar uma que se adapte melhor à sua realidade.

Inúmeras instituições financeiras oferecem financiamento de bens de consumo duráveis, capital de giro com a opção de crédito especial no qual a empresa não precisa especificar para qual fim será destinado o dinheiro, entre elas estão o microcrédito para pequenas e médias empresas e etc.

Entre as vantagens de escolher o empréstimo bancário, esta o fácil acesso a uma carteira de crédito diversificada, com várias opções de créditos e de financiamentos, todas elas com condições mais favoráveis dependendo do relacionamento que a empresa possui com o banco.

As desvantagens também merecem atenção. Entre elas estão, as altas taxas de juros para pequenos negócios, cláusulas nem tão atrativas, com muitas multas de quebra de contrato, limitação para as empresas que estão iniciando o seu relacionamento com o banco, e que como resultante desta frágil relação, na maioria das vezes elas não conseguem os valores pedidos, além de muita burocracia e entraves negociais.


Empréstimos com Financeiras

Esta linha de crédito é uma outra opção de financiamento para as empresas que estão se firmando ou começando a sua trajetória empresarial, trata-se do empréstimo com financeiras. Apesar de menor burocracia se comparada aos bancos, elas nem sempre possuem uma boa reputação adequada aos serviços que oferecem, pois muitas delas ao competirem entre si para atrair clientes, acabam por praticarem táticas controversas no mercado econômico-financeiro.

Um deste fatos positivos é que muitas destas financeiras obtêm atrativos diferenciados, por oferecerem prazos mais longos e fácil acesso a outras formas de crédito. Para muitos isso é algo essencial, visto que o negócio ainda precisa crescer e pagar por um financiamento seria inviável.

Podemos destacar entre as vantagens uma menor burocracia, prazos mais extensos, fácil acesso ao crédito, critério de análises de riscos menos burocráticos e muito diferente aos praticados pelos bancos. Entre as desvantagens estão os custo bem mais altos, já que as tarifas praticadas visam suprir a inadimplência, há também risco alto de crédito, ou seja, o não pagamento da divida, além da existência dos estelionatários por trás de algumas financeiras, oferecendo risco às empresas que decide fazer negócio com eles.


Empréstimo com Cooperativa de Crédito

As cooperativas de crédito são outra opção para os empresários que precisam de empréstimo empresarial e de fácil capital de giro para investimentos rápidos e necessários para o seu setor de atuação. Isso porque elas oferecem diferentes linhas créditos, assim como os bancos, o que é uma das suas maiores vantagens neste tipo de linha financeira.

Entre as vantagens esta a alternativa de contar com diversas linhas crédito, o que facilita o dia a dia do empresário que precisa de crédito para algo específico na empresa, além de taxas de juros mais baixas e mais competitivas. A desvantagens estão na análise de risco criteriosa, alta burocracia, muitos detalhes no que cabe a documentação e estabilidade em seu setor de atuação no mercado e multas em suas cláusulas.


Empréstimo Coletivo (crowdfunding)

O empréstimo coletivo é uma novidade no mercado empresarial. Ele é caracterizado por ser uma modalidade de financiamento que não precisa da atuação bancária. Para isso, a organização que deseja o crédito deve se inscrever em uma plataforma de crowdfunding, descrevendo a quantia desejada e por que precisa desse valor e em que área de atuação pretende investir.

A partir desta inferências os investidores compram cotas em troca de retorno financeiro. Geralmente esse grupo é constituído de pessoas que desejam bons rendimentos e querem contribuir para o crescimento de empresas no país. Essa opção é bastante vantajosa para os empresários que desejam abrir um negócio ao capital externo.

No entanto, os benefícios não se restringem somente a isso. Podemos destacar ainda mais agilidade e menos burocracia, soluções online, financiamento direto, sem intermediação de instituições financeiras e boas rentabilidades para os investidores. As desvantagens são as restrições das linhas de crédito, diferentemente de cooperativas de crédito e bancos. 

O empréstimo empresarial é uma alternativa para as organizações que desejam crescer no mercado ou mesmo evitar que dívidas comprometam a saúde do negócio. Logo, antes de solicitá-lo é preciso avaliar a situação e conhecer as alternativas que realmente poderão ajudar nesse processo de alavancagem da empresa.


Credito Consignado

O crédito consignado é um meio simples e seguro para obtenção de empréstimo bancário, um modelo de crédito diferenciada que consisti em uma consignação creditícia. Este crédito possuir planos mais baratos e flexíveis, essa modalidade têm proporcionado muitas oportunidades a quem precisa de dinheiro e boas condições pagamentos.

Tipos de Crédito Consignados

1 - Margem Nova 
2 - Refinanciamento
3 - Portabilidade
4 - Cartão Consignado
5- Cartão Beneficio


O crédito consignado é um crédito pessoal em que o valor das parcelas são descontados automaticamente e direto do contracheque ou benefício do INSS do cliente. É tido como uma das melhores opções pra quem precisa de dinheiro a curto prazo. Com menores taxas de juros, o crédito consignado pode ser utilizado para diversas finalidades. O crédito pode ser obtido em bancos ou instituições financeiras no valor limite de 35% do valor mensal do salário, aposentadoria ou pensão. Esse valor é conhecido como margem consignável.


Margem Nova

A Margem Consignável ou margem nova é o valor máximo da renda de um trabalhador que pode ser comprometida para um empréstimo bancário em consignação. Na prática, não é permitido assumir parcela de empréstimo que seja maior que 30% da renda mensal. Entres estes beneficiários estão os aposentados, pensionistas, servidores públicos e trabalhadores de empresas privadas que podem comprometer parte de sua rendas em um empréstimo consignado, no qual o valor do empréstimo é descontado diretamente da folha de pagamento, contracheque ou conta de benefício INSS.

As instituições financeiras após efetivarem a transação bancaria de margem nova em consignação, devem emitir, em até cinco dias úteis, um boleto bancário ou equivalente para o beneficiário que desejar quitar o empréstimo ou pagar antecipadamente com cartão de crédito. O documento deve mostrar o valor do empréstimo, desconto pelo pagamento antecipado e valor que deverá ser pago.

Mas no empréstimo consignado há variações no total de parcelas que devem ser pagas pelo cliente, algumas instituições trabalham com parcelas de 48 meses, 60 meses, 72 meses e até 96 meses. Mas é possível trabalhar com parcelas menores de 48 meses, pois neste caso cada banco ou financeira tem as suas próprias tabelas.

Na margem nova consignável de crédito, todos os empréstimos realizados e que ainda não foram finalizados devem ser considerados para calcular a margem consignável. A forma de calcular a margem nova para empréstimo consignado é bastante simples, basta calcular o salario total do cliente por 0,3%, o resultado dessa multiplicação é a margem consignável de crédito do cliente.

No entanto como o limite da margem consignável é de 30% e dependendo da instituição financeira, o valor pode cair para 15% ou 20%. Por exemplo, quem tem a margem de R$ 600, e já paga R$ 100 mensalmente de outra dívida, só poderá fazer um novo empréstimo com parcelas de R$ 500, no máximo. Mas se seu salário mensal é de R$ 1.500, basta calcular 1.500 x 0,3. O resultado de 450 significa que a margem consignável é de R$ 450, logo esse é o valor limite a ser descontado pelo empréstimo consignado todos os meses.

O limite dessa margem consignável foi criado para garantir que o fato de adquirir um empréstimo, com parcelas mensais, não comprometa o orçamento do cliente e com isso não se desconte um valor maior do que o necessário para os gastos básicos e essenciais.

A lei determina que o valor da margem de empréstimo consignável não deve passar dos 35% do valor a ser comprometido do salario do cliente. A margem de empréstimo total é de 30% e pode ser utilizado para um ou mais contratos de empréstimos consignados, e de 5% para o cartão consignado de crédito.

Apesar do crédito consignado ser uma ferramenta de fácil acesso e não ter tanta burocracia, é preciso ter bom censo em seu uso para não ter um endividamento desnecessário. Isto se justifica quando há um comprometimento da renda familiar em detrimento ao crédito adquirido de maneira errada, e justamente para quem não haja o cometimento de excessos ou um mal manuseio na aquisição de empréstimos que existem algumas delimitações. No geral as linhas de créditos permitidas não podem ultrapassar o numero de nove operações de créditos em consignação.

O credito consignado de primeira linha creditícia  é um instrumento de empréstimo bancário de fácil aquisição e sem muita burocracia, para a aquisição de crédito em consignação de primeira margem nova, basta apresentar os seguintes documentos necessários para a sua efetivação:

1 - RG
2 - CPF
3 - Comprovante de endereço atualizado, tais como:
3.1 - Conta de água
3.2 - Conta de luz 
3.3 - Conta de telefone


4 - Extrato atualizado da conta salário, conta cheque ou benefício do INSS


As linhas de créditos em consignação apesar de limitarem o numero de operações, não deixam o cliente sem opções de crédito, pois um histórico de credito em consignação é criado, e ao longo deste histórico do cliente são verificadas algumas disponibilidades de créditos, mediante a parcelas pagas em sua consignação, liberando novas operações. Estas operações no geral são destinadas a clientes que já fizeram a sua primeira marge nova.

Ficam habilitados a estes novos empréstimos todos os funcionários públicos de todas as esferas do poder governamental, bem como a todos os aposentados e pensionistas, estes clientes após terem usado toda a sua margem de crédito, podem fazer um novo empréstimo sem terem margem nova consignável, através de um refinanciamento, ou de uma portabilidade. 

Uma outra opção esta na margem do aumento salarial que incide sobre o aumento na margem consignável de crédito em consignação. Neste caso o aumento salarial libera um aumento de consignação para os clientes realizarem um novo empréstimo consignado, isto mediante único e exclusivamente ao aumento do salario minimo dado ao final de cada ano pelo governo federal.   

Uma outra observação importante é que mesmo podendo utilizar o empréstimo e o cartão de crédito consignado ao mesmo tempo, a margem do 35% do consignado para funcionário público, pode ser zerada facilmente. A margem consignável também pode ser reduzida por conta de retenções legais, como pensão alimentícia, por exemplo. Todos os descontos obrigatórios influenciam na margem.

Ao contrário do que muitos pensam, as remunerações pontuais ou temporárias, como 13º salário, não fazem com que o limite aumente. Ao atingir o limite, o funcionário público fica, portanto, sem margem. Em outras palavras isso quer dizer que fica proibido de solicitar novos créditos consignados. O limite só volta a ser liberado quando as parcelas são pagas e o empréstimo é quitado. Porém, ainda existem duas saídas para o funcionário público que estiver sem margem a portabilidade de crédito e o refinanciamento.


Refinanciamento

O refinanciamento de empréstimo consignado de crédito é um produto financeiro para quem adquiriu um crédito consignado, geralmente adquirido de uma margem nova de crédito consignado, e quer após ter pago algumas parcelas deste crédito, adquirir um novo empréstimo, através de um refinanciamento desta divida. Isto é possível, mas pode depender do valor da parcela e da quantidade que elas já foram pagas.

Muitos bancos e financeiras refinanciam a partir das terceiras e quartas parcelas, mais o ideal é refinanciar a partir da decima segunda parcela. Em relação ao valor da parcela é desejável refinanciar valores acima dos cinquenta reais, mais algumas instituições financeiras conseguem fazer operações abaixo desse valor. Os bancos e financeiras também costumam trabalhar com valores mínimos liberados, habitualmente a partir dos quinhentos reais, mais existem financeiras que conseguem operar com valores bem menores que os já trabalhados no mercado.

O processo de Refinanciamento de crédito consignado geralmente tramitar entre um prazo de 05 a 10 dias úteis, mais o que se ver na pratica atualmente, este prazo pode subir para 10 a 20 dias uteis. Isso ocorre mediante as reanalises e as novas informações que são levantadas a respeito do requerente, que pretende adquirir um novo crédito, o banco fará isto de forma eletrônica, conforme disposto na Resolução nº 4.292, de 20/12/2013, do Banco Central.

Atualmente cada cliente pode requerer um novo refinanciamento a cada 15 parcelas pagas de um contrato em consignação, isto se chama, uma requisição creditícia bancário, com base de uso legal, sobre uma divida que já se tem dentro do próprio banco, ou seja, pode-se refinanciar uma divida renovando um contrato já existente.

As renovações de crédito antes deste teto de tempo limite, ou seja, antes das 15 parcelas pagas que são exigidas pelos bancos, os clientes poderiam recorrer a um crédito diferenciado, chamado de antecipação de crédito consignado, porém isto tem um limite de operações, que podem ser delimitadas pelos bancos. O mesmo vale para os limites de linhas de créditos que um cliente pode ter, em alguns bancos o limite pode chegar a duas operações por banco, e no geral a noves linhas de operações no total. 

O Refinanciamento de empréstimo consignado de crédito é uma forma mais rápida de se obter crédito a partir do empréstimo atual, e sem a necessidade de assumir uma nova parcela. Essa é uma alternativa para clientes que já quitaram parte do contrato consignado e que precisam de um novo crédito. Neste caso, permanecendo o cliente no mesmo banco onde foi feito a operação creditícia. A quitação parcial das prestações do empréstimo consignado possibilita uma opção a mais ao consumidor de refinanciar o contrato e ter mais dinheiro, pagando no entanto o mesmo valor da parcela mensalmente.

O refinanciamento de um contrato de crédito requer cuidados, coesão e certezas em sua aquisição, afinal isto vai prolongar ainda mais a sua divida, que após ser concretizada pelo banco ou financeira, zera as parcelas já pagas e inicializa-se uma nova cobrança de mesma parcela, com pagamento a partir da primeira parcela, mas dependendo do banco, pode haver uma diminuição nas taxas e cobranças adicionais, como as taxas de juros e IOF´s.

Um refinanciamento é recomendado para o cliente que estão com dificuldades de pagar uma dívida alta e em dia ou ainda a clientes que precisam de mais dinheiro para cobrir alguma emergência. É claro que um refinanciamento também pode ser uma opção viável caso as taxas de juros dos bancos fiquem relativamente mais baixas. Assim, você tem a possibilidade de trocar um empréstimo consignado mais caro por um novo mais barato, ficando a sua carteira de credito dentro do mesmo banco.

Realizado o contrato de refinanciamento o crédito será liberado na conta indicada pelo próprio cliente e esta conta deve ser nominativa, ou seja, conta corrente ou poupança no nome do cliente solicitante. O prazo para a efetuação do pagamento é de dois a cinco dias úteis, em média, dependendo de cada banco.

No refinanciamento pode-se notar que quanto mais parcelas tiverem sido pagas, maior será o valor limite liberado ao solicitante. Os valores liberados sempre serão proporcionais ao que já foi pago do empréstimo atual. Alguns bancos podem estabelecer um troco mínimo, ou seja, valor mínimo para realização da transação, mas no geral trabalha-se com o proporcional  que já foi pago pelo cliente. Em via de regra geral, um refinanciamento pode ser realizado pelas categorias beneficiadas pelo crédito consignado, estão entre elas os Aposentados, os Pensionistas, os Servidores Públicos, os Militares das Forças Armadas e os Trabalhadores de Empresas Privadas. O prazo máximo do refinanciamento é o mesmo do contrato consignado, sendo 72 meses para beneficiários INSS, 96 meses para Servidores Públicos e 60 meses para Militares das Forças Armadas. 

Para refinanciar o contrato do empréstimo consignado, o consumidor pode procurar o próprio banco do qual é cliente ou realizar uma simulação online, para avaliar os prazos e valores. A proposta será reavaliada pelo banco proponente e averbada caso seja aprovada. Isto no entanto dependerá se há ou não margem livre e suficiente para uma contratação. 

No refinanciamento como o crédito consignado é debitado automaticamente do contracheque ou do benefício INSS, o consumidor não precisa se preocupar em pagar boletos ou faturas. Os valores das parcelas, geralmente permanecerá o mesmo, mas dependendo do número de parcelas pagas, também existe a possibilidade de conseguir uma taxa de juros menores. Com isso é possível ter uma parcela menor, liberando também uma nova margem consignável de crédito, liberando assim novos valores para empréstimos bancários.

Os contratos de créditos consignados podem ser refinanciados a qualquer tempo, desde que tenham sidos pagos parcialmente. Atualmente a maioria dos bancos já atende a esse tipo de operação e têm convênio com o INSS, SIAPE e instituições empregatícias privadas. O refinanciamento de crédito consignado é indicado para quem tem um orçamento financeiro já comprometido, não deseja pagar mais uma parcela ou já tem a sua margem consignável utilizada. Entre algumas das vantagens dessa operação estão:

1 - Mantem o mesmo valor da parcela
2 - Possibilidade da redução da taxa de juros
3 - Liberação de dinheiro (troco)
4 - Sem consulta ao SPC e Serasa
5 - Refinanciamento com margem negativa

É importante observa no refinanciamento de crédito, um valor que quase não se é notado, trata-se do saldo devedor do empréstimo, que é o valor que ainda se deve ou que se tem para quitar junto ao banco. Quando um empréstimo consignado é adquirido, deve-se entender que o saldo devedor, é um montante faltante para quitação da divida, somado a isto estas o mesmo valor que se pegou de empréstimo acrescido dos juros cobrado no período contratado. O total desse valor é o seu saldo devedor.

O saldo devedor interfere no refinanciamento de credito, pois quanto maior o tempo de empréstimo pago, maior será o troco liberado na operação, e quanto menor o tempo pago, menor será o troco alocado ao cliente. Operações com menos do que 15% do período total, geralmente não são recomendadas aos clientes um refinanciamento credito, pois estas operações podem causar a não operacionalização de créditos futuros a clientes com este tipo de histórico, levando-se em conta que estes refinanciamentos em um curto período de tempo, mostra um certo descontrole financeiro e risco para o banco, ainda mais se este cliente quiser optar no futuro por uma portabilidade, ou seja sair do banco aonde possuir um refinanciamento de divida. Por exemplo: Se estiverem pagas 15 de 72, não será vantajoso realizar um refinanciamento de crédito, haja vista que tal valor ao cliente será minimo, diferentemente se estiverem pagas 30 de 72, que neste caso pode lhe render um bom valor como troco.

Atualmente há uma negociação entre os bancos para limitar o numero de operações que podem ser feitas pelos clientes, bem como, a partir de qual parcelas se deve liberar um novo refinanciamento ou portabilidade. Isto ainda não é regras, mas na pratica alguns bancos já tomam estas medidas, que podem no futuro evitar perdas de carteiras e de rendimento.

Mas atenção, o valor do saldo devedor do refinanciamento do crédito consignado já contempla o desconto total como se fosse uma quitação antecipada de um empréstimo. Isso é referente ao desconto dos juros das parcelas que estão sendo pagas antecipadamente no período determinado do contrato, o que na pratica não onera o banco, nem o cliente.


Portabilidade

A Portabilidade de crédito é a possibilidade do cliente solicitar a transferência de operações de crédito do banco onde se tem a divida, ou seja de empréstimos e de financiamentos e de arrendamento mercantil de uma instituição financeira, e transferi-las para uma outra, mediante liquidação antecipada da operação na instituição original pela nova instituição financeira. A portabilidade de crédito pode ser realizada por qualquer cliente, seja ela pessoa física ou jurídica, mediante o cancelamento do contrato e quitação antecipada da dívida no banco original.

Em termos práticos a portabilidade permite transferir as dívidas de um banco para o outro, que cobra juros mais baixos, para obtê-lo como cliente em sua carteira de crédito. Entre os principais motivos que levam um cliente a trocar de banco estão:

1 - Condições financeiras mais atrativas, em especial taxa de juros mais baixas
2 - A qualidade na prestação do serviço, ou seja o atendimento

É uma operação muito vantajosa, mas ainda pouco utilizada o Brasil, as atuais regras da portabilidade de crédito foram definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2013. Quando foi criada, a ideia do Governo era estimular a concorrência entre os bancos e diminuir os juros. Fato que beneficiou o consumido e deu mais liberdades nas transações bancarias, permitido ao cliente optar pelo o que é mais vantajoso e menos oneroso. Assim, o consumidor poderia transitar entre os bancos que oferecessem vantagens maiores e com o mínimo de risco ao endividamento.

A portabilidade de empréstimo consignado de crédito funciona de maneira bem simples e geralmente há uma negociação financeira entre quem vende a divida e entre quem a compra, tornando o comprador, o dono de uma nova carteira de crédito. Neste aspecto para que essa forma de credito fique de fácil compreensão, podemos exemplifica-la da seguinte maneira: O Banco A que forneceu o crédito e contatado pelo Banco B que solicita compra a divida mediante o pagamento total do debito. Neste aspecto o contratante solicita ao Banco A o valor do saldo devedor para quitação antecipada da dívida. Esse cálculo traz a dívida ao valor presente e exclui os juros não pagos.

O Banco A então libera as informações ao Banco B, para o qual será migrado a divida do cliente, este transfere o valor do contrato via TED para o banco A e o Banco B assume o novo crédito. O banco B, fica então responsável por emitir novo contrato do empréstimo ou financiamento. No novo empréstimo somente a taxa de juros pode ser alterada. Os prazos para pagamento e o valor da operação original serão mantidos. Assim, o consumidor pagará o restante da dívida, com uma nova taxa de juros no Banco B.

As portabilidades de crédito são obviamente uma nova maneira de dar autonomia ao cliente brasileiro, que até há alguns anos atrás, ficava refém do banco aonde obteve o empréstimo originador. Agora as dívidas podem ser transferidas e renegociadas, assim são permitidas novas linhas de crédito, obtendo-se novos valores e a taxas mais baixas, isto vale tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas. Estas regras são validas tanto para um cartão de crédito, cheque especial, financiamento de veículo, crédito imobiliário, crédito pessoal e o próprio crédito consignado.

A principio obviamente para fazer uma portabilidade de crédito, qualquer cliente pessoa física com contrato vigente que tenha contratado de operação de crédito em Instituição Financeira integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN), esta apto a realizar esta transação de crédito. No caso dos contratos de leasing, é preciso respeitar o prazo mínimo previsto em contrato, antes de realizar a operação de transferência de dívida para outro banco. A solicitação da portabilidade do empréstimo consignado pode ser solicitada por Aposentados, Pensionistas, Servidores Públicos e Trabalhadores com carteira assinada.

O processo de Portabilidade de crédito consignado Atualmente tramitar entre um prazo de 15 a 20 dias úteis, mais o que se ver na pratica atualmente, é que este prazo pode subir para até 20 a 30 dependendo de cada caso. Isso ocorre mediante as reanalises e as novas informações que são levantadas a respeito do requerente, que pretende adquirir um novo crédito, através da modalidade de portabilidade, que é a transferências da divida do banco originador para o novo banco credor, o banco fará isto de forma eletrônica, conforme disposto na Resolução nº 4.292, de 20/12/2013, do Banco Central do Brasil.

Atualmente cada cliente pode requerer uma nova portabilidade a cada 15 parcelas pagas de um contrato em consignação, isto se chama, uma requisição creditícia bancária, com base de uso legal, sobre uma divida que se tem dentro do banco originador da divida, ou seja, pode-se fazer portabilidade de uma divida renovando o crédito mediante a um contrato novo, mais estando a divida em um outro banco.

As renovações de crédito antes deste teto de tempo limite permitido, ou seja, antes das 15 parcelas pagas que são agora exigidas pelos bancos, os clientes poderiam recorrer a um crédito diferenciado, chamado de antecipação de crédito consignado, porém isto tem um limite de operações, que podem ser delimitadas pelos bancos. O mesmo vale para os limites de linhas de créditos que um cliente pode ter, em alguns bancos o limite pode chegar a duas operações por banco, e no geral a noves linhas de operações no total.

Certamente para realizar uma portabilidade de um Empréstimo Consignado, o primeiro passo é buscar informações sobre o contrato do empréstimo consignado, com o credor atual, ou seja, com o banco, ou financeira ao qual se realizou a operação de crédito. As informações sobre a operação de crédito, que deverão ser solicitadas e informadas ao banco para o qual irá migrar são esta aqui mencionadas:

1 - Número do contrato
2 - Saldo devedor atualizado
3 - Demonstrativo da evolução do saldo devedor
4 - Modalidade de crédito
5 - Taxa de juros anual, nominal e ou efetiva
6 - Prazo total e remanescente
7 - Sistema de pagamento
8 - Valor de cada prestação, especificando o valor do principal e dos encargos e
9 - Data do último vencimento da operação


A instituição financeira tem a obrigação de fornecer todas as informações no prazo minimo de um dia útil, e máximo de três dias também uteis. Caso se negue, o cliente pode registrar uma reclamação junto a Ouvidoria do Banco ou no Banco Central. Ainda de acordo com o Banco Central, o banco no qual o cliente já tem a operação é obrigado a aceitar o pedido da portabilidade. O que pode ocorrer é uma oferta de contraproposta e ficará a critério do cliente aceitar ou não. Já a nova instituição não tem o compromisso de aceitar o novo cliente ou “cobrir a oferta financeira”. Neste caso, também pode fazer uma nova análise para liberação da transação e dependendo da avaliação, negar a portabilidade. Não sendo possível atender, os motivos da recusa devem ser informados por escrito, conforme consta no Código de Defesa do Consumidor.

O cliente antes de realizar a portabilidade deve atentar ao importância de solicitar ao novo banco o Custo Efetivo Total da nova operação. Dessa forma, é possível comparar se a troca realmente será vantajosa do ponto de vista financeiro também. Uma boa dica neste momento, também é realizar simulações em mais de um banco. Estando então decidido e sendo aprovado no novo banco, o processo de portabilidade do crédito será iniciado, geralmente o prazo varia em média entre 10 e 15 dias úteis, mais o que se ver na pratica, este prazo pode subir para 15 e 20 dias uteis. Isso ocorre mediante a troca de informações com o banco de origem de forma eletrônica, conforme disposto na Resolução nº 4.292, de 20/12/2013, do Banco Central.

O novo banco irá transferir o dinheiro para o banco da dívida original, liquidando o empréstimo antecipadamente. Ao contrário do que muitos pensam, nesta operação, o dinheiro não irá para a conta do cliente e sim para o banco cedente, para quitação da operação. A transferência é realizada via TED (Transferência Eletrônica Disponível) e os custos não podem ser repassados para o cliente.

Os custos das transferências de dívidas não são tão onerosas, quando elas são comparadas com outras linhas de crédito, como por exemplo, o credito pessoal, a portabilidade não prevê a cobrança de tarifas, exceto nos contratos de imóveis e leasing. No entanto, o banco proponente pode cobrar uma tarifa para confecção de cadastro, para dar início ao novo relacionamento.

Uma das vantagens do processo de portabilidades de crédito é que ele pode ser cancelado sem custo pelo cliente, a qualquer momento, desde que a instituição proponente não tenha remetido o pagamento à instituição credora original, ou seja, desde que não tenha ocorrido a transferência de recursos.

A portabilidade de crédito é uma vantagem financeira valida, haja vista que como os empréstimos consignados são dívidas de longo prazo, qualquer redução no valor pode ser responsável por algum benefício. 

As vantagens de se fazer uma portabilidade de crédito consignado são inúmeras, o consumidor pode optar pelo banco ao qual deseja migrar a sua divida, por lei, os contratos de empréstimo ou financiamento não podem conter cláusulas de fidelidade. Ou seja, cláusulas que obrigam que o cliente permaneça em uma carteira de crédito por determinado período mínimo. Isso é válido apenas para contratos de arrendamento mercantil. Em outras palavras, isso quer dizer que o consumidor pode optar pelo banco que oferece as melhores condições. Esta incluso a isto, taxa de juros menores. É possível trocar a dívida por outra com juros mais baratos e atrativos.

A liberação da margem consignável é outra vantagem, com valor de parcelas menores, no caso do empréstimo consignado, a margem consignável é liberada. Assim é possível, portanto, utilizar nova margem disponível para contratar novos empréstimos.

A transação sem custo é outra vantagem da portabilidade de crédito, essa operação financeira é isenta e não prevê a cobrança de tarifas, exceto para transferência do crédito imobiliário. É proibida também a venda casada de serviços, tais como a de seguros, títulos de capitalização, adesão aos demais pacotes de serviços, transferência de TED, de emissão ou de boleto e etc.

Existe também nas portabilidades de crédito a não limitação do número de operações, a mudança de banco pode ser realizada sempre que o cliente desejar, desde que parte do contrato tenha sido pago. A ressalva é apenas para o caso do período mínimo que os contratos de arrendamento mercantil exigem.

A transferência da dívida de qualquer valor também é operacionalizada, é possível fazer a portabilidade de qualquer tipo de empréstimo, desde um simples crédito pessoal de menor valor, até o financiamento de um imóvel em valores maiores. Dessa forma, também é possível economizar dinheiro.

A concentração das dívidas também é possível, por exemplo, se um Aposentado, Pensionista, Servidor Público ou Trabalhadores com carteira assinada tiverem muitas dívidas ou contratos de empréstimo, o ideal é centralizá-los. A portabilidade de crédito também pode ajudar neste sentido, isso pode ajudar a controlar o orçamento e ter uma melhor visibilidade das dívidas em andamento. O ideal em casos de muitas dividas espalhadas em bancos diferentes é centralizar todas as despesas em um só lugar, ou seja em um único banco.

Neste aspecto, em que constam muitas dividas, saiba em quais casos a portabilidade não compensa. A portabilidade de crédito pode não ser recomendada e aplicada a todos os casos. Antes de tomar essa decisão é importante avaliar se essa operação realmente compensa. Veja alguns exemplos, em que a portabilidade pode não ser a melhor solução.

A portabilidade não é indicada próxima do vencimento do contrato, nesta situação pontual, talvez seja melhor pensar em uma renegociação com o próprio banco. Outra alternativa é a quitação antecipada. É preciso lembrar também que todo novo empréstimo consignado precisa ser averbado. Embora esse processo não seja burocrático e não demore tanto, pode ser feito sem necessidade. 

Outro indicativo que a portabilidade não é um bom negocio é a transferência da divida para um banco com taxas de juros mais caras, exceto é claro se, de fato, o cliente tiver tido algum problema com o primeiro banco, o mais indicado é não trocar a dívida por uma dívida maior ainda. A portabilidade de crédito pode ser uma aliada em tempos de alta inadimplência e representar uma enorme economia, caso a transação seja feita de modo responsável, viável e necessária.


Cartão Consignado

O Cartão Consignado de Crédito, é um cartão de crédito sem anuidade com desconto em folha de pagamento, ou seja, os valores são debitados de forma direta do próprio beneficio do cliente. Este cartão é destinados principalmente a servidores públicos das redes Federais, Estaduais, Municipais e Forças Armadas, e também a aposentados e pensionistas do INSS. Este cartão ainda conta com a função saque, através de crédito em conta, ordem de pagamento ou em dinheiro no Banco 24 Horas. 

O Cartão Consignado é um cartão de crédito de uso exclusivo para funcionários públicos, aposentados e pensionistas do INSS, em que o valor mínimo da fatura é descontado mensalmente na folha de pagamento do beneficiário. Geralmente o percentual descontado a nível de comprometimento da renda  destes clientes é de no máximo 5% do valor total do salario, aposentadoria ou pensão, as taxas de juros também são maiores, e os valores descontados são habitualmente os rotativos e não o seu total devido referente ao credito adquirido. Diferente do credito consignado, onde as taxas de juros são menores e o máximo do comprometimento do salario ou beneficio pode chega até os 30%.

A diferença entre Cartão Consignado e Empréstimo Consignado esta justamente em sua forma e contratos, as taxas de juros no primeiro são bem maiores, e o grau de comprometimento com o salario também possuem excrescência diferentes, enquanto no primeiro esse grau não chega a 5% do beneficio, no consignado de margem normal pode chegar até 30%. E neste primeiro caso, não há uma quantidade de parcelas pré-definidas, como há no empréstimos consignado normal de Margem Nova, Portabilidade ou e Refinanciamento.

O Cartão de Crédito Consignado é um meio de pagamento e funciona como um cartão de crédito comum, deste que geralmente se ver no mercado financeiro de compras a prazo, neste caso, pode-se utilizar para compras e saques, além de receber mensalmente a fatura com saldo e boleto. É diferente do empréstimo que prevê parcelas fixas por prazo determinado e não pode ser utilizado como meio de pagamento.

Para saber como o saldo ou limite fica disponível, deve-se ter acesso ao aplicativo do banco em que o cartão foi concedido ou entra em contato com a Central de Atendimento e escolher a opção referente a saldo e limite.

O pagamento mínimo do Cartão Consignado é feito diretamente na folha de pagamento ou benefício do cliente, sendo definido de acordo com a regra da fonte pagadora. Importante conferir mensalmente sua fatura para controle dos seus gastos e verificar se o desconto mínimo foi suficiente para pagamento do mínimo da fatura. Indicado na fatura no campo o valor a ser pago na rede bancária.

A realização de saques em dinheiro ou crédito em conta é possível nesta operação, o saque com crédito em conta pode ser realizado através de Financeiras, de Lojas de Créditos, de outros Parceiros Comerciais de Créditos ou ainda pela Central de Atendimento dos próprios Bancos. Para saque em espécie, também se utiliza as redes de Bancos 24 Horas.

Esses tipos contratação de crédito está apenas disponibilizados a aposentados e pensionistas do INSS, e a servidores públicos federais, estaduais e municipais. Os benefícios e vantagens são a quem adquire este tipo de produto são elas:

1 - Sem anuidade 
2 - Limite de até 2x o seu salário
3 - Taxa de juros até 5x menor que um cartão de crédito comum
4 - Disponível também para negativados
5 - Juros cartão consignado para o INSS: 3,06 %
6 - Juros cartão consignado para o Governo do Maranhão: 4,00 %

No cartão consignado para saber o saldo ou limite disponível é preciso acessar o aplicativo ou site do banco ao qual ele foi expedido. Aqui vai algumas sugestões:

1 - Se o seu celular for ANDROID, você precisará efetuar o download na Google Play Store
2 - Se o seu celular for IPHONE, o download precisará ser feito através da APP Store ou entre em contato com a Central de Atendimento e escolha a opção referente a saldos e limites.

Após adquirir o cartão consignado é importante desbloqueia-lo, para fazer isto o titular deverá entrar em contato com a Central de Atendimento, de posse de todos os documentos. O interessante é que pode se ter um cartão adicional. O cartão adicional é disponibilizado de acordo com as regras do convênio adquirido. Para saber se o cliente tem direito ao benefício, também deve-se entra em contato com a Central de Atendimento do banco aonde ele foi expedido e de posse de todos os documentos.

O procedimento para o aumento do limite disponível está condicionado à margem consignável disponível e as regras do convênio. Para maiores informações, deve-se entrar em contato com a Central de Atendimento.

O procedimento em caso do não recebimento da fatura antes do vencimento, deve ser pelo site do banco aonde se fez o convenio, geralmente pelo Web Banking do próprio banco, neste espaço o cliente terá acesso à fatura digital com o demonstrativo de despesas e o boleto para pagamento. Neste espaço virtual também pode-se consultar o código de barras para pagamento, salvar a fatura em arquivo ou imprimi-lo. Para acessar, clique no Web Banking do banco ao qual se esta conveniado, geralmente esta informação esta na parte superior da home da pagina do site, neste campo faça seu cadastro. 

No aplicativo o cliente tem acesso à fatura e ao código de barras de maneira semelhante ao Web Banking. Basta fazer o download na loja virtual de seu celular e se cadastrar. Você terá acesso online à sua fatura e as transações, sempre que precisar. Além das demais opções, você também poderá consultar o código de barras na Central de Atendimento.

O prazo da liquidação da dívida será administrada pelo próprio cliente, através de pagamentos antecipados ou dos pagamentos dos boletos que chegarem a sua residência, neste caso amortizado a divida total. Caso utilize o valor total do limite do seu cartão, e não faça nenhum pagamento complementar utilizando o boleto, a expectativa de liquidação é de até 72 meses, ou seja de seis anos, como acontece com o crédito consignado normal de margem nova.

A liberação de margem do cartão consignado, deve vim com o seu cancelamento após a quitação da divida total do cartão, somente após isto a liberação da margem consignável é possível, entre em contato com a Central de Atendimento. Porém, lembre-se a liberação da margem está condicionada à liquidação do saldo devedor.

Cartão Benefício

Este produto financeiro foi idealizado em 7 de julho de 2022, o Senado Federal aprovou a Medida Provisória nº 1106/2022 que, dentre outras mudanças, trouxe o cartão benefício. O cartão benefício nada mais é do que uma margem extra. E até a aprovação da MP 1106/2022 pelo Senado Federal, a margem consignável vigente era de 40%, sendo 35% destinados a empréstimos consignados (Margem Nova) e os outros 5% para cartão de crédito consignado.

Mas com a MP 1106/2022, a margem passa a ser de 45%. Isso mesmo, a margem foi aumentada novamente. Agora, está margem consignável de credito é dividida assim:

35% para empréstimos consignados, como antes;

5% para cartão de crédito consignado, como antes;

5% extras para cartão benefício.

O novo cartão beneficiará aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC – por enquanto, servidores e beneficiários do Auxílio Brasil não estão inclusos nesta novidade. O Cartão Benefício não é obrigatório, isto é, o beneficiário que o desejar ter este produto financeiro, deverá solicitá-lo junto à sua instituição financeira de preferência. Esta benfeitoria pode ser solicitada por beneficiários entre 21 e 74 anos.

E além disso, ele traz duas funções: Por exemplo, os 5% de margem extra são divididos entre crédito em conta, pago em parcelas pequenas descontadas diretamente do seu benefício, e um limite para compras, funcionando como um cartão de crédito comum. Assim, ele é uma junção de empréstimo consignado e cartão de crédito em um só produto.

Para você ter uma ideia, quem recebe um salário mínimo de benefício poderá ter acesso a um crédito em conta de aproximadamente R$ 1.100,00, com parcelas de cerca de R$ 60,00 – lembrando que o prazo máximo para pagamento é de até 84 prestações.

E já o limite para compras, pensando em um benefício também de um salário mínimo, é de cerca de R$ 500,00. Assim, caso você receba mais do que um salário mínimo de benefício, pode esperar valores maiores disponíveis.

Qual a diferença entre o Cartão Benefício e o Cartão de Crédito Consignado?

Como falamos no tópico anterior, o cartão benefício junta duas funcionalidades em um só produto: um contrato de empréstimo consignado e um cartão de crédito comum, usando os 5% de margem extra concedidos pela MP 1106/2022 em 7 de julho de 2022.

Por outro lado, o cartão de crédito consignado que já existia é um cartão de crédito comum, usado para compras, mas a parcela mínima das faturas é descontada diretamente da folha de pagamento do seu benefício.

Isso quer dizer que, além de ter o cartão de crédito consignado, você pode ter também o cartão benefício, e cada um deles pode comprometer até 5% do valor total do seu benefício, seja aposentadoria, pensão ou BPC.

Quais são as vantagens do Cartão Benefício?

Segundo o CNPS, as instituições financeiras devem realizar, na contratação do cartão consignado de benefício, a inclusão dos seguintes benefícios:

Auxílio funeral e seguro de vida, sem limite de idade, no valor de, no mínimo, R$ 2 mil cada, atualizado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, independente da causa mortis Descontos em redes de farmácias conveniadas e além disso, deve ser utilizado, em todos os casos, Termo de Consentimento Esclarecido, nos moldes estabelecidos pelo INSS.

 

 

 Características do Cartão Beneficio

  

01

É um Cartão de Crédito para servidor público;

O Cartão Beneficio disponibiliza ao servidor público;

Uma linha de crédito exclusiva com taxas reduzidas;

Consignada em folha de pagamento para desconto;

Cartão Bandeirado

 

02

Faz compras, à vista e parceladas, em milhares de estabelecimentos credenciados, físicos e on-line, no Brasil e no exterior;

Tem um crédito para sacar na hora que quiser e acesso a vantagens exclusivas.

 

03

Cartão Saúde TEM:

 

Descontos em farmácias;

Exames laboratoriais;

Consultas médicas e odontológicas;

Atendimento na rede física e por telemedicina;

Seguro de Vida e Assistência Funeral;

Seguro de Vida: indenização de R$ 2.000,00 no caso de Morte Acidental (MA);

Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente (IPA);

Assistência Funeral: Prestação de serviço de até R$ 2.000,00;

E o melhor, tudo gratuito e isento de anuidade;

Juros mais baixos que os cartões convencionais;

Desconto na folha de pagamento.

 

04

QUEM TEM DIREITO AO BENEFÍCIO?

SERVIDORES PÚBLICOS;

APOSENTADOS;

E PENSIONISTAS DO INSS;

 

05

Sem anuidade;

Sem taxa de serviço;

Sem taxa de entrega;

Sem taxa de emissão.

 

06

Facilidade na contratação;

Segurança nas transações;

Saque Fácil não é rotativo.

 

Fonte: Staff Investimentos / Tabela: Característica do Cartão Beneficio


Abrantes F. Roosevelt, 13 de Dezembro de 2018


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